A Escrita dos Fatos Revista Kuruma'tá, 8 de novembro de 20198 de novembro de 2019 No Manifesto da Poesia Pau Brasil, Oswald de Andrade diz que a ‘poesia existe nos fatos’. ‘Os fatos explicarão melhor os sentimentos; os fatos são tudo’, escreve Machado de Assis no livro Papéis Avulsos. Quem também demonstra um imensurável apreço pelos fatos, é o biógrafo Peter Gay, autor de Freud: uma vida para o nosso tempo: ‘a teoria está muito bem, mas isso não impede que os fatos existam. … a obediência… do cientista aos fatos não é a adversária, mas a fonte e a servidora da teoria’. [Texto de Nonato Gurgel] Continue Reading
A + poesia de outono azul a sul Revista Kuruma'tá, 6 de novembro de 201910 de março de 2021 A poesia vai e volta, ressurge do lago inesperada. Vem na onda que quebra ali na areia, logo à nossa frente. Publicada aqui, pela primeira vez, no último agosto, retorna à Revista Kuruma’tá a poesia viva de Calí Boreaz. Dizer que Calí tem voz própria, sensibilidade… é nada dizer. Não quero cair das armadilhas dos adjetivos e elogios sem rumo. Deixo então aqui a sua poesia, que diz mais e melhor. São poemas do livro outono de azul a sul, um livro de beleza rara, ao qual eu também retorno sempre. Continue Reading
A Para aquele senhor de branco ali na janela Revista Kuruma'tá, 5 de novembro de 201930 de dezembro de 2019 Um dia, no entanto, outro visitante apareceu. Inesperado, lá estava ele sentado no parapeito. Vestia calça de linho crua, camisa branca com as mangas impecavelmente dobradas e sapatos lustrosamente brancos. Em uma das mãos, segurava um cigarro aceso que parecia nunca ser consumido pelo tempo, nem apagado pelo vento. Ele não dizia nada. Apenas olhava para ela com um semblante sereno, tranquilo, como se estivesse contentado em não receber atenção de ninguém. [Texto de Eduardo Frota] Continue Reading
A Levando comigo a última estrela tropical – poemas de João Augusto Revista Kuruma'tá, 4 de novembro de 20195 de novembro de 2019 Ao longo de A última estrela tropical vamos reencontrando poetas, porque a poesia de João é um diálogo permanente com um panteão particular da poesia… Florbela Espanca, Orides Fontele, Maiakóvski, jorge de Lima! Não guiando sua mão mas possivelmente observando o evoluir de cada página, de cada poema-sonho. Assentindo o lirismo e uma linha de melancolia que a cada poema parece trespassar. Poemas-arquipélagos, feitos de versos que são como ilhas, algumas com escarpas vertiginosas. [Texto de Toinho Castro, sobre livro de João Augusto] Continue Reading
A Os nossos mortos Revista Kuruma'tá, 2 de novembro de 201930 de dezembro de 2019 Hoje é 2 de novembro, dia de finados, dia os mortos. Lá fora, no prédio vizinho, brincam as crianças. lembrei que meus avós, meus bisavós, tavez tenham brincado assim. Talvez tenham corrido pela rua de terra, em alarido, imaginando um futuro que talvez tenha sido outro. Há outros, para além dos meus bisavós, mergulhados num passado que não alcanço. Seus nomes se perderam, as casas em que cresceram. Nada mais existe. [Poema de Toinho Castro] Continue Reading