A Quando penso no Recife Revista Kuruma'tá, 13 de novembro de 201914 de novembro de 2019 Esse poema, com alguma modificação, foi publicado no Lendário Livro, coletânea de poesia reunindo trabalhos meus e dessa turma de poetas: Aderaldo Luciano, Braulio Tavares, Nonato Gurgel, Numa Ciro e Otto Ferreira. É um poema que nasceu da minha agonia com a verticalização acirrada do Recife, do seu céu sangrado de arranha-céus. Mas onde resiste o Recife? resistirá? O que resta, que réstia da cidade onde cresci? Não é possível deter as transformações do mundo, mas não deveriam ser essas transformações uma força destrutiva. Recolho em versos minha indignação e espero que reverbere, para que reste um Recife digno do Capibaribe. [Poema de Toinho Castro] Continue Reading
A Os nossos mortos Revista Kuruma'tá, 2 de novembro de 201930 de dezembro de 2019 Hoje é 2 de novembro, dia de finados, dia os mortos. Lá fora, no prédio vizinho, brincam as crianças. lembrei que meus avós, meus bisavós, tavez tenham brincado assim. Talvez tenham corrido pela rua de terra, em alarido, imaginando um futuro que talvez tenha sido outro. Há outros, para além dos meus bisavós, mergulhados num passado que não alcanço. Seus nomes se perderam, as casas em que cresceram. Nada mais existe. [Poema de Toinho Castro] Continue Reading
A “Que nada nos distraia do amor” — Flaira Ferro Virada na Jiraya Revista Kuruma'tá, 30 de outubro de 201922 de novembro de 2022 Eu conheci a Flaira Ferro porque ando bem acompanhado. Ou pelo menos porque acompanho as boas redes. De olho no Instagram de Chico César eu vi uma postagem que ele fez cantando com a Flaira a deliciosa Cruviana, que está no seu último álbum do paraibano de Catolé do Rocha, O amor é um ato revolucionário. E é mesmo! A partir aí comecei a companhar também o perfil da Flaira e vi chegando esse disco que agora está nas tais das plataformas de streaming e no Youtube: Virada na Jiraya! [Texto de Toinho Castro] Continue Reading
A A intimidade da dedicatória Revista Kuruma'tá, 16 de outubro de 201930 de dezembro de 2019 Havia nesse livro que eu peguei com o Olivar uma dedicatória linda. Escrita com letra delicada, caneta de ponta porosa, preta, e adornada com desenhos que evocam a história contida no livro, a dedicatória é endereçada a um casal, familiares de quem a escreveu. Na mesma hora me animei a escrever um texto sobre essa dedicatória para a Revista Kuruma’tá. Na mesma hora pensei em fotografar o livro, a caligrafia cursiva e flagrar aquela gentileza, possivelmente carregada de amor. [Texto de Toinho Castro] Continue Reading
A Deixa o sal limpar | As estranhas melodias de Livia Nery Revista Kuruma'tá, 1 de outubro de 20197 de junho de 2021 O Festival Levada trouxe uma brisa fresca e poderosa para o Rio de Janeiro nos últimos meses de agosto e setembro. Vento bom, de gente nova e cheia de energia e talento. Frequentar os shows do Levada foi uma renovação de fé, que pega aquela velha conversa de que a música brasileira está acabada e joga no lixo. O Levada mostra que a música brasileira está viva, inventiva e vibrante. Dentre as surpresas que me reservou o festival encontrei a Livia Nery. [Texto de Toinho Castro] Continue Reading