No mês do Halloween, pro terror eu digo sim!

Texto de Eduardo Maciel


Olá, queridxs kurumateirxs!

Resolvi escrever esse artigo para divulgar um autor incrível. Ele escreve livros e contos de terror. Abaixo vocês podem descobrir mais sobre ele na entrevista EXCLUSIVA que ele concedeu à Revista Kuruma’tá!

Como vocês já sabem, no quinto livro da série literária de sonetos que estou publicando, onde os sonetos conversam com outras artes e linguagens, o #SonetERROR, escreverei sonetos para esse gênero literário, dominado desde sempre pela prosa.

Mas enquanto os sonetos macabros não chegam, quero prestigiar o que há de melhor nesse gênero literário acontecendo hoje em dia.
Bora saber mais? Com vocês, Jorge Alexandre Moreira!

1- Conta pra gente: quem é Jorge Alexandre Moreira?

Faço terapia toda semana pra chegar mais perto dessa resposta, mas ainda não tenho a menor ideia.

2- Qual o seu propósito na literatura?

Escrevo porque gosto. Sempre gostei muito de ler e ouvir histórias e gosto muito de contá-las. Se eu tivesse que dizer um propósito na literatura, pelo menos nesse momento da minha vida, seria continuar produzindo, publicando, evoluindo como escritor, e me tornar uma pouco mais conhecido para que eu não precisasse ficar me preocupando tanto em me divulgar pelas redes sociais. Esse processo de se divulgar pelas redes é essencial, para os autores que ainda estão tentando se estabelecer e, para mim, pelo menos, é muito cansativo.

3- Como descobriu o ofício das palavras?

Minha mãe me ensinou a ler em casa, muito cedo, antes de eu ir para a escola. E mesmo quando estávamos passando por épocas muito ruins, financeiramente falando, ela sempre fazia um esforço para comprar os livros que eu pedia. Então, sempre fui muito exposto à literatura e o movimento na direção de escrever foi uma coisa natural, que nem sei te dizer exatamente quando começou. Muitas folhas de caderno com contos manuscritos se perderam pelo caminho. A minha fase de contos de terror com começo, meio e fim começou no Ensino Médio, eu devia ter uns 13 anos.

4- Faz um resumão da sua obra pra gente?

Em 2003, pela extinta editora Papel & Virtual, lancei “Escuridão”, que é uma história de terror passada na Amazônia, com um conflito entre Brasil e EUA como pano de fundo. Em 2018, lancei “Parada Rápida”, um thriller sobre uma mulher que desaparece em um posto de gasolina, durante uma viagem de férias. Participei das duas edições do Ghost Story Challenge, que é um evento em que escritores de terror se isolam em uma casa ou sítio e viram a noite trocando ideias, para produzir histórias. Desses eventos nasceram os contos “Vontades” e “Um Lugar Especial”. Meu novo livro se chama “Numezu” e é finalista no III Prêmio Aberst, como melhor livro de terror do ano de 2020.

5- Conta mais sobre seu novo livro?

Numezu conta a história de um casal em crise, Laura e Raoul, que decide alugar um veleiro para passar as férias, para tentar resgatar algo da época em que o casamento ainda era bom. Mas, durante a viagem, Raoul encontra uma antiga estátua que, eles não sabem, é a imagem de um demônio esquecido, aprisionado por uma maldição. Sob sua influência, pouco a pouco, Raoul enlouquece e Laura terá que lutar pela vida. É uma história tensa, claustrofóbica, violenta e rápida. Não tem muito tempo para respirar.

6- Algum recado para os poetas que nos frequentam aqui na Revista Kuruma’tá?

Sigam fazendo poesia, sigam criando. Nós precisamos desse olhar mágico sobre as coisas e sobre a vida que o poeta é capaz de trazer. De quando em quando, na história, ressurgem momentos em que a poesia é mais necessária. Esse é um deles.

Incrível, né? De arrepiar! Esse aí é pra devorar com sangue nos olhos!
Super indico e recomendo!

Jorge Alexandre Moreira – Foto: Divulgação