Quem dera, de vez em quando, nesses dias céleres, um livro como Mainá (Todavia, 2022), da Karina Buhr, pra ler e se alentar da literatura. Tem livros que te abrem a porta para mundos, e tem livros que atuam no mundo ao seu redor. Mainá é do segundo tipo. Uma espécie de lente de realidade aumentada, que torce o tecido do tempo-espaço e te reapresenta as dimensões da vida sob uma ótica muito, muito particular, em letras que pouco vejo por aí.