e quando algo (ou alguém) ameaça aqueles que amamos (e talvez, para muitos, só aí, só atingindo este limite da possibilidade do inominável) descobrimos, boquiabertos, que somos verdadeiramente capazes de compaixão e de empatia. de nos perceber como seres interligados. de compreender o que é viver em comunidade. de entender como nossas escolhas pessoais influenciam toda uma sociedade, todo um ecossistema. [Texto de Laura Limp]
Categoria: Laura Limp
Laura Limp é carioca, da safra de 78. Formou-se como atriz e teve uma companhia de teatro por 12 anos. Feminista, mãe de três e inquieta, é também poeta, letrista, performer, fotógrafa, diretora e tradutora. Escreveu para revistas eletrônicas como C A I S e Ornitorrinco e recentemente foi convidada para o projeto Hiperpoesías na Argentina. É idealizadora, produtora e curadora do Aparelho Cultural e do Sarau na Lau. Tem uma empresa de marketing digital, a Qtal Design, que é responsável por projetos como o Festival Levada. Tem a sorte de viajar pelo mundo com as performances Cuando Hablamos de Amor e Todo Lo Que Está A Mi Lado.
Será?
e agora, esse disparar de corpo que não quer ir e não quer voltar. essa adrenalina de dentes. essa coisa fósforo acesso na mente e entre as pernas colorindo o rosto de vermelho. essas perguntas todas, como gigantes cães de algodão, flutuando e ganindo baixinho. ignorando a rua que está num abandono de dar nó no peito e na garganta. ignorando o perigo do grito que não terá ouvidos. [Texto de Laura Limp]