Deixei meu parco dinheirinho na loja, com o vendedor gente boa, e levei pra casa o disco azul do Smiths. Os russos de Sting, encarando o fim do mundo, ficaram para trás, como acabou ficando para trás a terceira grande guerra e o apocalipse nuclear que o bombardeio da Líbia pelos aviões americanos havia nos prometido naquela madrugada, sem sucesso. Taí uma coisa que sempre me decepciona, o fim do mundo. [Texto de Toinho Castro]
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O dia de Tobias
Visitando o Recife, bebendo cerveja no Bar Frontal, encontro com o amigo Afonso. Amigo de longa data e muitas conversas. Acabamos, eu e Afonso, conversando sobre a Kuruma’tá e o desafiei, por fim, a escrever para a revista. Do celular ele sacou esse texto que agora publicamos aqui. Ali mesmo, na mesa do bar, levantamos umas fotos no Instagram para ilustrar o conto/crônica. E é assim que a Kuruma’tá funciona, de uma hora pra outra, no ímpeto de fazer algo e abraçar os amigos!
Quando penso no Recife
Esse poema, com alguma modificação, foi publicado no Lendário Livro, coletânea de poesia reunindo trabalhos meus e dessa turma de poetas: Aderaldo Luciano, Braulio Tavares, Nonato Gurgel, Numa Ciro e Otto Ferreira. É um poema que nasceu da minha agonia com a verticalização acirrada do Recife, do seu céu sangrado de arranha-céus. Mas onde resiste o Recife? resistirá? O que resta, que réstia da cidade onde cresci? Não é possível deter as transformações do mundo, mas não deveriam ser essas transformações uma força destrutiva. Recolho em versos minha indignação e espero que reverbere, para que reste um Recife digno do Capibaribe. [Poema de Toinho Castro]