Normalmente, hoje eu estaria, a essa hora em que publico aqui esse poema, em de certo morro aqui em Vila Isabel, no Rio de Janeiro, a louvar Santo Antonio em sua igrejinha, que vela pelo bairro e pela cidade do alto dos seus 180 e tantos degraus. Como tenho feito desde que aqui no bairro vim morar. O dia 13, em geral, é um dia de temperaturas amenas , e chega mesmo a esfriar um pouco, para os padrões da cidade de São Sebastião. Hoje a noite está mais quente, estamos sob quarentena e uma pandemia rola solta e sem controle no país. Mas é hora de pensar em Antonio, no alto do seu morro, reservado em sua pequena igreja, reinando em seu dia, com Sebastião dizendo assim: Vai, Antonio. Hoje é teu dia de zelar por essa gente. E dia dessa gente lembrar de ti. Vai, Franciscano, assume meu posto por hoje. Mas segura minha mão, que hoje preciso de ti como qualquer um.
Poema de Toinho Castro
antonio, velho amigo
antes de mim
já estavas por aí
a caminhar comigo
vadeias pelo sertão
ninguém sabe
que tu és tu mas
sabes eles quem são
muitos a te buscar
sem saber que
és tu mesmo
quem os irá encontar
acendes uma fogueira
um balão aquecido
sobe no ar para
além da mangueira
pois cismas calado
de pés descalços
pelo terreiro
da festa, lotado
a noite já avança
na brasa ardente
acendem-se memórias
de tuas andanças
movem-se os ares
estrelas apontam
no céu escuro
e nos altares
antonio, velho amigo
se ando por aí
se ando perdido
é em ti meu abrigo
Viva os Antônios de Recife, do Rio de Janeiro e de Lisboa
Que declaração mais terna e doce esta de amor a Santi Antônio
Vamos todos pegar em sua mão generosa , honrar seu dom de ubiquidade , e seu despojamento na Vida
Grato pelo comentário, Suzana. Muito me alegra.
Dia 13 de junho tá chegando, para celebrá-lo!
Abraços
Toinho Castro