Simples assim

Texto de Eduardo Maciel


Olá, meus queridos kurumateiros!

Nossa, como eu estava com saudades de vocês! Espero que estejam todos bem de saúde e que tenham tido um belo Natal. Independentemente da sua crença, independentemente de onde moram, a despeito das suas condições financeiras. Porque o Natal é sobre luz, sobre emanar boas energias. E quando muitas pessoas, ao mesmo tempo, no mesmo dia, emanam pensamentos bons, todo o planeta acaba envolto por essa vibração, e ela tem poder de cura. Simples assim.

E por falar em simplicidade, é sobre isso que vim assuntar com vocês hoje. No senso comum, o simples é tudo aquilo que não é complexo, certo? E todos sabemos (e como sabemos) que a vida é bastante complexa.

Mas isso se deve ao fato de que pensamos em nossas vidas de forma genérica, com tudo de bom e de ruim que a vida em si proporciona.

Já pensaram em analisar os dados e fatos da vida cotidiana de forma fatiada? Cada parte da vida separadamente?

Ah, como assim? O que acontece num setor da vida acaba produzindo efeitos nos demais setores, né? Até porque somos um só – individualmente – em todos esses compartimentos. Eu entendo. Mas não vim aqui pra facilitar as coisas. Vim para provocar reflexões, que possam ser úteis para cada um de vocês.

O quão mais fácil seria se pudéssemos lidar com cada parte da nossa vida isoladamente? Pois é, podemos. E ao exercitarmos isso, terminamos por perceber a simplicidade de cada parte. Essa noção é que faz a diferença, uma vez que as coisas simples são mais tranquilas de assimilar e cuidar.

Vendo os noticiários nos últimos dias, meu coração se entristeceu muito com a tragédia das chuvas, inundações e destruição na Bahia. Os estragos e a reconstrução da vida das famílias afetadas representam um problema de alta complexidade. Mas o ato de chover até que é simples. Deveríamos ter sido capazes de antever e proteger essas pessoas afetadas pela simplicidade da chuva, dentro da complexidade do seu alto volume em curto espaço de tempo. Mas não fomos. Ao menos não pra eles, ao menos não dessa vez.

E agora? Agora deixemos as obrigações dos governos (federal, estadual e municipais) com a complexidade das coisas, e coloquemos foco no que podemos fazer, onde e como conseguimos tomar parte nos esforços de ajuda, no nível mais simples possível.

Para tal, basta identificarmos instituições sérias dedicadas a apoiar as vítimas, e, de forma tão simples quanto comprarmos nosso cafezinho com pão na padaria, que façamos nossas doações, na medida do que podemos.

O mesmo se aplica aos planos e metas para 2022. Teremos um próximo ano particularmente complexo e difícil, ao que parece.

Isso dificulta sobremaneira o planejamento, pois olhamos para o ano novo com olhos de generalismo. Vamos fazer diferente? Que tal separarmos apenas as três metas, sonhos ou desejos mais relevantes dos demais? E desses, que tal escolhermos o mais simples e traçarmos um passo a passo de como conseguir alcançar ou realizar? Ao fazer isso, nos sentimos mais capazes, porque estaremos lidando com algo nada complicado e bem mais tangível. Sem expectativas enormes, e portanto sem frustrações maiores ainda.

Aceitam exercitar essa forma de pensar? Fiz assim esse ano e estou bem menos pressionado do que em anos pretéritos, quando achei que poderia abraçar o mundo e resolver todos os meus problemas.

Agora vocês devem estar me achando simplista. Simplista sim, porém nunca simplório.

O que amedronta é a onda enorme, nunca a marola. São os temporais, nunca a garoa tímida. Os tornados, nunca a leve brisa do mar.

Façam as coisas mais simples, e depois me contem se, como eu, se sentiram melhor. Afinal, estamos aqui para sentir e agir, focando em sermos felizes o máximo possível. Sabendo que menos é mais.

E que o ano novo de vocês seja simples. Simplesmente maravilhoso!

Até breve!