Um poema de Maria Gabriela Cardoso Revista Kuruma'tá, 2 de maio de 202310 de outubro de 2023 Nossa poeta de hoje é Maria Gabriela Cardoso, 24 anos, gaúcha de Montenegro, atualmente morando no litoral norte de Santa Catarina. Vegetariana, amante das plantas, animais e livros. Formada em Administração Pública e Auxiliar de Contabilidade. Membro do Coletivo Escreviventes e idealizadora do Coletivo Literário Escribas. Escreveu seu primeiro conto “Ela Era Eu” aos quinze anos, mas só passou a pensar na possibilidade de ser escritora aos dezenove anos após ler a biografia de Clarice Lispector. Aos vinte e um anos, passou de fato a se dedicar profissionalmente à escrita, tornando essa, a sua profissão. Escreve contos, poesias, crônicas e novelas com o pseudônimo Lua Pinkhasovna (“pinkhasôvna” ou “pinkhasóvna”) para revistas, podcasts e antologias, assim como também para seus canais próprios intitulados Excertos Diários. Vencedora do 1° Concurso de Itapemirim/ES em homenagem ao Newton Braga e do II Concurso “Literatura de Circunstâncias”, organizado pela EdUFRR, e participante das antologias Poesia Minimalista, Infâncias, Comer é Um Ato Político, Chorando Pela Natureza: Poesias sobre a Geopolítica Ambiental, A Poesia Não é Inofensiva, e entre outras, da Editora Toma Aí Um Poema, assim como também da Coletânea de Poemas Bertha Lutz, e Até Quando o Carnaval Chegar, da Editora Persona. Em pouco tempo, acumulou uma longa lista de trabalhos realizados em diversos canais. Café de Amanhã Pão na chapa enche de açúcaresos vasos sanguíneos do burguês ao acordar de açúcares padece o corpo cansadosem pão na chapa na mesa ao levantar Frutas fornecem nutrientes essenciais,lipídeos e vitaminas que enchem o cérebro de energia; uma uva, uma manga, uma bananatrocam de preços todos os dias no mercado: a saciedade está tão cara comprar! Mas o pão, o pão têm simbolismo divino na alimentaçãoforam multiplicados, são o corpo de Cristo cada pedaço fora dividido após terem sido ungidos em suas santas bênçãos Hoje, à mercê do Estadoque não é divino,nem pai, nem democrático,o pão, de tão caro contrasta desigualmentecom miseráveis salárioscondenando à inanição! O pão divide o burguês do proletário;enquanto a mão de um estica-se para no miolo algo ali passar outras, juntas, rezam à noite para quando, no café da manhã do amanhã,o estômago logo acordar. A Poesia