Nunca fui fã das histórias em quadrinho de super-heróis e, por conseguinte, de suas adaptações para a tela grande. Em grande parte, meu descontentamento vem do maniqueísmo de cartilha que impede a construção mais aprofundada do comportamento tanto dos heróis quanto dos vilões. Comumente, o bem e o mal precisam de estereótipos para sustentar a simpatia e a antipatia do leitor – ou espectador – para que as revistas – ou filmes – rendam alguns trocados. [Texto de Eduardo Frota]
Categoria: Eduardo Frota
Eduardo Frota é jornalista, escritor, barista, cinéfilo e ex-bonito. Escreve de texto institucional a bilhetinho de amor. Escreveu um livro de parágrafos, publicado pela Editora Jaguatirica, entitulado “Aqui jazem romances“. Escreve sobre café para diversas publicações do setor. Escreve sobre jiu-jitsu para a Gracie Mag. Escreve sobre o que faria se ganhasse na Mega-Sena: compraria uma igreja evangélica e a transformaria em um cinema.
Midsommar
O argumento é brilhante, ainda mais se tratando de um diretor estadunidense: estudantes de antropologia viajam até uma vila longínqua na Suécia para participar de um festival em homenagem ao solstício de verão. A namorada de um deles, que não tem na “bagagem” referências como o estruturalismo, as manifestações totêmicas ou o determinismo é a protagonista que encaminha toda a linha narrativa. Psicóloga de formação, viaja abalada por uma tragédia pessoal.
Não se esqueça de fazer um pedido quando atravessar a ponte
A vontade é a construção de uma ponte, lenta e custosamente, para ligar uma margem a outra. Uma ponte de estrutura sólida, mas que também precisa ser maleável para suportar a ventania. A passagem deve ser livre, sem pedágios, sem cancelas e com portões sempre abertos em ambos os lados. [Texto de Eduardo Frota]