O músico Jonathan Uliel Saldanha não é uma pessoa fácil de entrevistar, dada a imensidão de projectos que tem. Convenhamos, é impossível estar a par de todos, há sempre um que nos escapa. Portanto, a conversa na Oficina Municipal do Teatro, dois dias antes da apresentação do seu espectáculo com a Vera Mantero no Linha de Fuga, começou com esse facto assumido e acatado. O resto foi o que se segue: um portal aberto para uma espécie de Being Jonathan Uliel Saldanha. [Por Carina Correia]
Categoria: Festival Linha de Fuga
Coletânea de textos produzida pelo grupo Crítica de Fuga, que acompanha os trabalhos dos artistas e as atividades do Festival Internacional de Artes Performativas – Linha de Fuga.
[Concebido como um campo de experimentação, aprendizagem e partilha de conhecimento coletivo, Linha de Fuga é um laboratório e festival internacional que promove o encontro entre criadores, artistas e pensadores de diferentes origens e a cidade de Coimbra.]
Ao publicar esse material, a Revista Kuruma’tá faz com o Linha de Fuga uma ponte transatlântica de afetos e percepções sobre a arte feita mundo afora, a partir do ponto focal que o festival promove.
Entrevista a Vera Mantero
Fui ter com a Vera Mantero à Oficina Municipal do Teatro numa correria para aproveitar a pausa que tinha do seu trabalho. Enquanto comia uma maçã vermelha, a Vera ofereceu-me a outra ponta do sofá, fazendo notar que era o seu momento de descontracção. Percebo, pois o espectáculo que estaria prestes a apresentar seria tudo menos descontraído, não fosse ele uma viagem ao lugar dos monstros, do obscuro e do feio. E por isso mesmo, a nossa conversa fez-se num ritmo macio, absoluto respeitador do momento. [Por Carina Correia]
O espelho da bela adormecida e o diabo é o aborrecimento
Diana de Sousa parte do imaginário da bela adormecida e apresenta a versão duracional da performance que se metamorfoseia em vários formatos que por sua vez trabalham diferentes relações com os espectadores. Existe a versão de palco que não vimos no Festival Linha de Fuga, mas ouve a surpresa de uma versão performance-acontecimento montra, inserido na Città Aperta de Alain Michard. [Texto de Ricardo Seiça Salgado]