Desvirado pra lua

Eu não, já me acostumei. A mãe sempre diz que nasci “desvirado pra lua”. Sei não. Desde a ocupação que teve lá na escola, tem uns colegas falando umas coisas diferentes, políticas, umas palavras difíceis, ainda não consigo entender tudo, mas fazem mais sentido do que as palavras da mãe. As pessoas acham que na perifa só tem analfabeto ou burro. É que só estudar não garante nada, não.

Sem desperdício

Sendo uma crônica jornalística, porém, basta estarmos conectados com o mundo externo por algum advento tecnológico. Não nos locomovemos em carros voadores, como pensávamos sobre o século XXI, mas o futuro nos trouxe a internet, potência de informação muito mais incrível do que supôs Isaac Asimov. Às vezes até mais do que gostaríamos ou deveríamos. Ontem, por exemplo, fiquei sabendo de carreatas contra a quarentena em alguns pontos da cidade. [Crônica de Maria Cistina Martins]

Aos que resistem [Poemas do livro Ovos de ferro]

É uma alegria publicar na Kuruma’tá a poesia de Maria Cristina Martins. Somos amigos há muito tempo e por conta dos desvios e desvãos da tal da vida, ou das vidas, tantas vidas, paralelas, cruzadas, entrecortadas, que vivemos, acabei por perder de vista o lançamento do seu livro Ovos de ferro, no cada vez mais distante ano da graça de 2016. Sem dramas! Eis aqui a poesia de Maria Cristina, poesia que resiste com voz ativa, poesia que dá vontade de ler em voz alta e cabeça erguida, da janela do quarto para o mundo. [Poemas de Maria Cristina Martins]