A Pequeno Dicionário de Arquétipos de Massa: A Arte da Guerra (para Marçal Aquino) Revista Kuruma'tá, 20 de dezembro de 201920 de dezembro de 2019 É assim: enfie a faca sempre abaixo do peito, três ou quatro dedos abaixo do centro. É nesse ponto que fica o diafragma. É o ponto mais macio dessa área, porque não tem osso. Enfiar um objeto perfurocortante no peito de alguém é algo que só pode fazer quem tem muita força no braço, senão corre o risco da faca ficar presa no esterno, e pra tirar não é fácil. [Texto de Fábio Fernandes] Continue Reading
A Nós vivemos essas coisas (ou O Recife partido em 4 bandas) Revista Kuruma'tá, 19 de dezembro de 201912 de novembro de 2020 Por todo o séc. XIX, a cidade do Recife foi se constituindo no grande portal da cultura brasileira. A literatura e a filosofia deitaram-se em suas ruas a partir de sua Faculdade de Direito. Nos becos e vielas estavam se fortalecendo os movimentos culturais do povo: um esteio de maracatu, outro de frevo surgindo devagar, o mela-mela e tudo que confluiria para uma produção artística imponente na primeira metade do séc. XX. Já a partir da década de 60 desse mesmo século, o XX, forjaram-se alguns movimentos musicais determinantes. [Texto de Aderaldo Luciano] Continue Reading
A Arte e Saúde: um solo comum Revista Kuruma'tá, 15 de dezembro de 201916 de dezembro de 2019 Este artigo pretende refletir sobre alguns aspectos da existência humana e da medicina que vão além dos muros do reducionismo biomédico e das paredes de um centro cirúrgico. Rever a história dos conceitos de saúde e de doença e buscar interfaces que se articulem com o universo das artes e de suas expressões. Mas não pretende exaurir o tema e nem tampouco chegar a certezas que dificultem o livre pensar. É somente um agregado de pensamentos, organizados como um ensaio teórico, com o objetivo de dar lógica a vínculos – talvez pouco evidentes – entre essas importantes dimensões da vida humana. [Artigo de Eduardo Macedo] Continue Reading
A Bichos na travessia Revista Kuruma'tá, 13 de dezembro de 201914 de dezembro de 2019 Desde os sertões do Guimarães Rosa e a música do Milton Nascimento, a palavra travessia transformou-se num signo poético-cultural que remete ao planeta Minas de onde vem Ana Chiara. Planeta barroco onde o exagero e a contradição moderna formatam o ‘gosto exagerado pelo real mais erradio’. Sua ‘travessia de través’ é feita pelas ‘veredas abertas’. Como na odisseia sertaneja do Riobaldo, essa é também uma ‘viagem no tempo’, tipo pé-na-estrada dizendo que ‘nada será como antes/… Precisa-se de algum amor’. [Texto de Nonato Gurgel] Continue Reading
A A vida é tão possível, neném Revista Kuruma'tá, 13 de dezembro de 201911 de março de 2021 Ela acha. Eu paro quando ouço seu nome. Paro e penso em como é bom estar perto. Já fingi até aqui. Já tentei. Só que não dá mais. Nem quero mais tentar. Agora eu paro – outra vez – porque tenho saudades. E a primeira palavra do meu contrato era não. Eu lembro. Se soubesses o quanto eu tentei cumprir o que escrevi […] Mas a cada vez que eu saía de casa e meu olhar cruzava com o seu, um papel daquele extenso documento – da última à primeira – se dissolvia no espaço-tempo. [Texto de Caru] Continue Reading