Ponto de vista

Para eles essa tal de quarentena está sendo difícil. Choros, ansiedades, preocupações com o futuro, com o dinheiro, com o tudo e com o nada. Humanos são estranhos. Vivem no passado ou no futuro, dificilmente no presente. Nós, cachorros, preferimos levar um dia por vez. Comida, água e boas doses de soneca e brincadeiras. [Texto de Tássiua Veríssimo]

Um filme B

Numa sexta-feira qualquer, Lara foi trabalhar como fazia todos os dias. Um dia normal em seu trabalho desprovido de qualquer glamour. Apenas mais uma burocrata fazendo o necessário para pagar as contas, enquanto sonha com uma mudança de carreira. Quem sabe um dia criava coragem de se mudar para Nova York e abrir um brechó virtual? Pensava enquanto preenchia mais uma planilha sobre custos de papel higiênico e produtos de limpeza para uma licitação com a qual não se importava. [Texto de Tássia Veríssimo]

Poemas na quarentena – Tássia Veríssimo

Numa segunda-feira de tempo nublado, nesse outono no Rio de Janeiro, a poesia é uma iluminação muito bem-vinda. Em sua segunda colaboração com a Revista Kuruma’tá, Tássia Veríssimo nos traz esses versos sobre esse estar em casa tão diferente de uma quarentena, por conta de uma pandemia, vendo o mundo pelas janelas digitais dos aplicativos. As vidas 4K a desfilar na timeline. E a gente? [Poemas de Tássia Veríssimo]