A poesia sabe que a procuro continuamente e não se furta de vir ao meu encontro. Esses encontros de agora, no entanto, são mediados por uma vida que já passa dos 50, por experiências e tantas leituras. Inevitável que seu sabor seja outro, distinto daqueles dias em que eu me sentava no gramado em frente ao prédio do CAC; ou mesmo antes, na escola, quando o livro de literatura me revelava o novo a cada virada de página. Parecia que eu havia caído num outro planeta, onde tudo ainda precisava ser nomeado. [Texto de Toinho Castro]