A Baú do Braulio: A matéria dos sonhos Revista Kuruma'tá, 4 de outubro de 201930 de dezembro de 2019 Jorge Luis Borges fala, em seu conto “Tlön, Uqbar, Orbis Tertius”, de um planeta fantástico em que as coisas são criadas pelo pensamento. Por exemplo: Fulano perde uma caneta no escritório e pede aos colegas que a procurem. Depois, percebe que tinha deixado a caneta em casa, mas esquece de avisar. Um dos amigos, movido pela expectativa de que a caneta está no escritório, encontra-a e entrega ao dono, que agora tem duas canetas idênticas. [Texto de Braulio Tavares] Continue Reading
A O drama sertanejo de Bacurau Revista Kuruma'tá, 1 de setembro de 201927 de novembro de 2020 Armas, drones, armas, mapas, armas, motos, armas, telas, armas, corpos que caem. O que diz esse excesso de corpos armados e de corpos derrubados? Neste faroeste de takes à lá Sergio Leone e Glauber Rocha, todos podem perder ou cair. Podem também desaparecer, aprender a ficar invisível, mas vence a porção-Tarantino dos dois diretores. [Texto de Nonato Gurgel] Continue Reading
A “Buraco velho tem cobra dentro” Revista Kuruma'tá, 30 de agosto de 201930 de dezembro de 2019 Começo mesmo é falando da maravilha que é ser espectador desse filme, despido da cinefilia, e da maravilha que é esses dois cineastas terem mergulhado no Sertão do Seridó, para dar ouvido a essa voz do dentro do Brasil. E com maestria ter relacionado isso ao mundo, processando as tais influências, que prefiro chamar de presenças. [Texto de Toinho castro] Continue Reading
A A cheia de 1975 Revista Kuruma'tá, 18 de julho de 201914 de maio de 2021 O Capibaribe cortava moroso o Recife. Visto das pontes em sua lentidão, não se diria que ele seria capaz de tal destruição. Como um gênio preso numa garrafa, silencioso, irado, esperando a tampa ser aberta. Era como se morássemos perto de uma caverna em que dormisse um terrível dragão. Majestoso, porém. Eu amava o Capibaribe e morria de medo dele. [Texto de Toinho Castro] Continue Reading
A A morte do anjo Revista Kuruma'tá, 16 de fevereiro de 201924 de outubro de 2019 Conheci Bruno Ganz, provavelmente em 1988, como Damiel. Recordo sua aparição na tela do cinema, com seu par de asas sobre a Gedächtniskirche, a igreja bombardeada que ali está a lembrar-nos os tempos de guerra. Ele olha do alto a Berlin dividida pela mesma guerra. Ruas divididas, pessoas partidas. [Texto de Toinho castro] Continue Reading