A História de dois livros Revista Kuruma'tá, 12 de dezembro de 201912 de dezembro de 2019 Partir e deixar para trás… é o que dizem. Discos, livros, amigos, família. Nunca achei que fosse assim. Nunca me senti deixando o que, ou quem quer que fosse, para trás. As coisas, as pessoas, estavam simplesmente os seus lugares, em permanente estado de transformação e potência. Não havia uma espécie de espaço de animação suspensa onde tudo isso flutuasse. Estava lhes acontecendo, como a mim mesmo, a vida. [Texto de Toinho Castro] Continue Reading
A Escolha bem o que vai para o lixo Revista Kuruma'tá, 2 de dezembro de 201930 de dezembro de 2019 Na área de serviço encontrou fácil o que precisava: sacos de lixo pretos dos grandes, flanelas, álcool gel, uma vassoura de pelo e pazinha. Tudo, menos a vassoura, foi acomodado num balde, e ainda com urgência – talvez mais – Elys atravessou de novo corredor e subiu as escadas. Entrou no quarto e fechou e trancou a porta. Como de costume, conferiu se a porta estava mesmo trancada virando bem devagar a maçaneta. Estava. Só então – como de costume – virou e olhou o quarto, o seu quarto, o mesmo de toda a sua vida, de todos os seus 29 anos. [Texto de Diego Franco Gonçales] Continue Reading
A Baú do Braulio: O Fantasma de Canterville Revista Kuruma'tá, 30 de novembro de 201930 de dezembro de 2019 O livro de Wilde foi mais um golpe pesado na literatura gótica de velhos castelos, noites tempestuosas, maldições seculares, tragédias de famílias nobres, espectros penitentes que imploram perdão ou vingança. Surgindo no século 18, cem anos depois esse tipo de romance já merecia sátiras e paródias variadas. No século 20, os fantasmas bonzinhos acabaram se transformando num clichê tão consagrado quanto os fantasmas ameaçadores. [Texto de Braulio Tavares] Continue Reading
A Asar Revista Kuruma'tá, 29 de novembro de 201912 de novembro de 2020 O poeta disfarçado de publicitário, o caro amigo Amândio Cardoso, traz mais um colaboração para a Revista Kuruma’tá. Lá do Recife ele envia esse poema, esse fôlego que se toma para seguir em frente, para insistir quando tudo propõe descrença e desinsistências. O caos e as divisões, os abismos que se abrem diante de nós, dos nossos pés e não podemos cair. E nos resta o que? Resta-nos se sustentar no ar e encontrar uma voz. Amândio tem essa voz e nos fala aqui e agora. E do futuro? Asa. Continue Reading
A Texto inédito de Helena Lima para a Kuruma’tá Revista Kuruma'tá, 27 de novembro de 201912 de novembro de 2020 Tem uns anjos soprando textos para a Kuruma’tá… Eu tô lá na internet e de repente, num zap, no messenger, alguém aparece com uma preciosidade, uma dica. Tínhamos acabado de publicar o texto sobre o livro O cajueiro nordestino, de Mauro Mota, publicado em 1955, quando essa voz, via messenger, me trouxe para o presente mais presente. É de Andréa Drummond a dica desse texto inédito e potente de Helena Lima Continue Reading