A As Árvores Revista Kuruma'tá, 13 de julho de 201918 de março de 2020 As árvores sabem que estamos de passagem, que não viemos para ficar. Esperam e observam nosso movimento. Elas se movimentam com o vento, com o ruído dos animais, todos de passagem. Observam e presenciam a morte de suas irmãs, que são carregadas em caminhões para serem transformadas em revistas, em móveis, em casas. [Texto de Toinho Castro] Continue Reading
A O lutador Revista Kuruma'tá, 10 de julho de 201930 de dezembro de 2019 Mesmo quando cala ou silencia, o homem não pode impedir que a linguagem faça dele um lutador para o qual o próprio acontecimento dos seres em geral se manifesta como um ringue. A linguagem abarca a totalidade da nossa experiência porque instaura a própria experiência da totalidade das coisas que são. O lutador já sempre se pronunciou sobre o mundo em sua totalidade. [Texto de Rodrigo Ribeiro] Continue Reading
A Nós não usamos blecaute Revista Kuruma'tá, 8 de julho de 201930 de dezembro de 2019 Se tentarmos entrar, a ladainha será a mesma. Tem que ter dinheiro para reservar uma mesa – diz o porteiro. Tem que se vestir direito – diz o gerente do puteiro. Nenhum a mais, nenhum a menos, o convescote está sempre regado. Apesar de esnobe e insultuoso, acredita manter-se petulantemente sigiloso. [Texto de Eduardo Frota] Continue Reading
A O limite dos seus sonhos jaz no nosso anonimato Revista Kuruma'tá, 26 de junho de 201930 de dezembro de 2019 É estranho, injusto e até tacanho termos tentado com tanto afinco fazer contato com outras civilizações e acabarmos com o intento malogrado. Tudo, absolutamente tudo o que ouvimos foram ruídos, chiados e radiação de fundo. Buscamos fora do limite dos olhos, bem além dos nossos limítrofes sonhos, sociedades mais inteligentes. [Texto de Eduardo Frota] Continue Reading
A Ela, a criança, é o elo Revista Kuruma'tá, 17 de junho de 201930 de dezembro de 2019 A criança, aquela. Quando começou a envelhecer, a perceber que crescia em meio a essa disritmia, sabia que seria assim. Passaria a vislumbrar a inconsequência juvenil como única saída diante da ordinarice ao redor. Ou melhor, alimentaria descontroladamente a criança enfastiada e farta que, ele sentia, ainda resistia. [Texto de Eduardo Frota] Continue Reading