Texto de Toinho Castro Agosto é o mês dos ventos, das chuvas no Recife. Quando pequeno eu ansiava por agosto. Sempre gostei de ventanias, de janelas e portas batendo, e daquela sensação de que a natureza se fez presente. Era um mês em que o mundo mudava e algo novo se incitava. Da minha janela, na… Continuar lendo Raiva
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— O que será de nós? O que será?
Concedo hoje a liberdade de publicar na Kuruma’tá uma pequena seleção de poemas escritos pela minha mãe, Lenira Castro. Não por nada… é que ontem ela me perguntou o que era preciso fazer para publicar uns poema na revista. Que singeleza de pergunta! Tenho aqui comigo os poemas, nos cadernos em que ela os escreveu. Fico feliz em publicá-los, pensando na riqueza enorme e anônima da poesia do Nordeste, em que cada família tem pelo menos um poeta.
Praia de Maracajaú, Rio Grande do Norte – Carnaval de 1998
Hoje a minha mãe, Lenira Castro, faz aniversário. Enfim ela retornou à sua Natal, no Rio Grande do Norte, depois de um longo caminho por outras cidades, principalmente o Recife. Ali, na rua Pampulha, vivemos muitos anos, mais do que ela gostaria ou esperaria. Seu sonho de voltar à sua terra, à rua, sua Avenida Um, origens e família mais próxima, se realizou. Em sua homenagem, por assim dizer, publico esse seu texto de 1998. [Toinho Castro – Editor e filho de dona Lenira]