A ilha perdida e reencontrada

Adentrei o reino da literatura com Maria José Dupré segurando a minha mão. Não que tenha sido dela o primeiro livro que li ou algo assim. Certamente foi o que primeiro me deu certa sensação de maravilhamento que só vim a conhecer com os livros, e que até hoje me acompanha. Creio que muitos leitores como eu, os nascidos nos anos 1960, podem afirmar o mesmo, pois crescemos todos ao sabor dos livros da Coleção Vaga-lume, lançada pela editora Ática em 1973. [texto de Toinho Castro]

O vento alinhavou as entrelinhas de Maria

João nunca saberia, pois Maria havia deixado aberta uma janela, justamente a da cozinha. A ventania, como um poeta em agonia, tratou de se livrar do bilhete. Acostumado a ler o jornal matinal, adestrado a dobrar e desalinhar com avidez a seção de esporte e o noticiário policial, ele nunca colocara os olhos sobre Maria. [Texto de Eduardo Frota]

Coincidência ou sincronicidade? Como encontrei Luiz Ruffato

Pois foi isso que aconteceu comigo. Uma coincidência significativa. Nunca tinha ouvido falar de Luiz Ruffato, até que meu marido, vendo uma entrevista dele na TV, resolveu comprar um de seus livros, Eles eram muitos cavalos. Quando acabou de ler, me recomendou: você deveria ler esse livro, lembra um pouco o estilo do Sandro (William Junqueira), principalmente a liberdade da forma, uma coisa muito singular, você tem que ler. [Texto de Adriana Nolasco]