A fortuna crítica de Machado de Assis é extensa e não para de crescer. Hoje mesmo, nas redes sociais, o prof. e poeta Antonio Carlos Secchin cita o 1o vol (1908-1939) da fortuna do Bruxo do Cosme Velho, e apresenta um 2o vol a partir de 1939. Composta de romance, conto, ensaio, teatro, crítica, crônica, jornalismo e poesia, a bibliografia do Bruxo dialoga com as chamadas altas literaturas, com o cânone literário ocidental. [Texto de Nonato Gurgel]
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Esaú e Jacó: o outro, o leitor
É no Catete onde mora Aires – o ex-ministro aposentado que oferece almoços (repletos de salmão e ofícios), para os gêmeos Pedro e Paulo e a bela Flora. É também no Catete onde termina o Conselheiro ‘apalpando a botoeira, onde viçava a mesma flor eterna.’ [Texto de Nonato Gurgel]
Escrita dos Fatos
No Manifesto da Poesia Pau Brasil, Oswald de Andrade diz que a ‘poesia existe nos fatos’. ‘Os fatos explicarão melhor os sentimentos; os fatos são tudo’, escreve Machado de Assis no livro Papéis Avulsos. Quem também demonstra um imensurável apreço pelos fatos, é o biógrafo Peter Gay, autor de Freud: uma vida para o nosso tempo: ‘a teoria está muito bem, mas isso não impede que os fatos existam. … a obediência… do cientista aos fatos não é a adversária, mas a fonte e a servidora da teoria’. [Texto de Nonato Gurgel]