Nas décadas de 1980 e 1990, lá no Recife, vivi de ler Haroldo de Campos, e seu irmão, Augusto. Contaram-me sobre o fim do verso, que eu tanto amava, sobre a temperatura informacional do texto, uma frase da Teoria da Poesia Concreta, que eu achava ser, justamente, um verso lindo. Eu tinha esse livro, da editora Brasiliense, que eu lia tentando compreender aquele novo mundo que se abria pra mim, tão longe de São Paulo, em tantos sentidos, que eu estava. [Texto de Toinho Castro]
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História de dois livros
Partir e deixar para trás… é o que dizem. Discos, livros, amigos, família. Nunca achei que fosse assim. Nunca me senti deixando o que, ou quem quer que fosse, para trás. As coisas, as pessoas, estavam simplesmente os seus lugares, em permanente estado de transformação e potência. Não havia uma espécie de espaço de animação suspensa onde tudo isso flutuasse. Estava lhes acontecendo, como a mim mesmo, a vida. [Texto de Toinho Castro]