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contra o desencanto

Pertinho

Revista Kuruma'tá, 22 de janeiro de 202011 de março de 2021

Texto de CARU


O som dos pássaros na ponta da varanda. Uma cama que eu tenho saudade. Música bonita pra dormir. Luz lilás para dormir. Ou azul. Eu me sirvo de água – enquanto ainda tem para comprar – e me deito. Eu me deito como se o meu lençol fosse o teu. Como se o meu travesseiro fosse, pra você, o meu colo. Imito gestos seus – sem querer – para te ter em mim. Pra te ter perto. Coisas que estão virando nossas. Só se passaram 24 horas. E esse desespero de ter o que a gente gosta, perto. Dia após dia. Ter a pele que a gente quer, perto. O cheiro que a gente quer, perto. Ouvir o que a gente quer ouvir, bem perto do ouvido. Com o lábio que a gente quer ter (perto) roçando na bordinha da nossa orelha. É “só” bonito. Coisas que esse mundo de agora “só” quer afastar. Enquanto escolho arrastar meu braço em suas costas. E afastar somente a distância. Tudo por um dia. Pertinho. Sem pressa. Aproveito os 12 segundos do meu olhar, que fica parado, catando 2 cílios contados, que caíram no seu rosto. A pressa, estacionei. O andamento da música que eu freio pra gente tocar junto. A respiração só é rápida na nossa cama. E quando estamos pertinho


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