O Ano Dois Mil e Vinte / Mudou Meu Planejamento Revista Kuruma'tá, 29 de julho de 202011 de março de 2021 O ano de dois mil e vinte não tá moleza pra geral. Naquele momento cintilizante dos abraços, dos fogos, dos votos de feliz ano novo e do champagne, ou da Cidra, tava todo mundo sonhando, planejando mil coisas. Mas aí o ano que veio não era exatamente aquele que a gente tava contando. E tivemos que mudar nosso planejamento. E somente mesmo uma poeta pra pegar esse nó cego e fazer poesia, e ter ainda humor pra compartilhar com a gente, versejando com esperança. O nome disso é luz no fim do túnel. Fiquem então com os versos da poeta Izabel Nascimento, mulher cordelista, inspiradíssima, que esteve com a gente celebrando o São João, com um bate-papo certeiro com Aderaldo Luciano em que se falou sobre poesia, sobre as festas juninas e os rumos do cordel nesse país machista e com tantos desafios. Confira no nosso Instagram. Dois mil e vinte não é mole não, mas é com poesia que a gente vai enfrentá-lo, atravessá-lo de cabeça erguida para novos brindes e sonhos. Versos de Izabel Nascimento Planejei comprar passagem Para outro ContinentePorém fiz bela viagemVisitando a minha menteProgramei muitas saídasMas me vi noutras medidas De profundo ensinamentoTodo sábio é bom ouvinteO Ano Dois Mil e VinteMudou Meu Planejamento. Meu limite do cartãoTodo mês extrapolavaMuitas coisas eu compravaSem a menor precisãoHoje estando em reclusãoMudei o procedimentoLimitei meu orçamento Pensando no mês seguinteO Ano Dois Mil e VinteMudou Meu Planejamento. Meu casamento marcadoPara o meio deste anoMas na mudança de planoO noivo ficou zangadoSanto Antônio deu recadoSobre o meu cancelamentoAfirmou que um casamento Sem forró é grande acinteO Ano Dois Mil e VinteMudou Meu Planejamento. Na ausência dos abraçosAbracei a poesiaE depois da PandemiaHei de renovar os laçosFiz dos meus versos dois braçosDando e recebendo alentoPois afeto é no momentoO melhor contribuinteO Ano Dois Mil e VinteMudou Meu Planejamento. Izabel Nascimento Assine a nota de repúdio contra o machismo no cordel A CordelCordel sem machismoIzabel NascimentoPoesiaSergipe