Sobre a depressão Revista Kuruma'tá, 3 de agosto de 20204 de agosto de 2020 Texto de Eduardo Maciel Olá, queridxs kurumateirxs! Hoje venho compartilhar com vocês um pouco de como o Sol começou a brilhar para mim, após um período bem triste de depressão…Mas antes de falar da minha experiência, queria frisar que depressão não é um mito, não é frescura, não se trata de capricho ou falta de força de vontade. Depressão é doença, e como todas as doenças, carece de tratamento médico especializado. Quem já teve sabe!Há algum tempo, já em um lugar de superação e distanciamento dessa terrível doença, comecei a pensar nas causas que me levaram a ficar deprimido, e dessa análise surgiram temas.Vários temas chegaram, cada um a seu momento, e nesse meu artigo, quero contar pra vocês sobre as reflexões que fiz nas searas da literatura, da educação e da arte.Em outubro de 2018 eu estava preparando o lançamento do meu primeiro livro.Já tinha feito o meu encontro com os sonetos e já tinha um objetivo para canalizar nisso minha energia criativa. Delícia de encontro, aliás. Para ser sincero, um encontro definitivo e que seria o abre-alas para tantos outros encontros: me encontrei com a clareza sobre quem são os meus amigos de verdade, com a abertura emocional para fazer novos.Me encontrei com um emprego que amo (não se vive de arte no Brasil, e eu sou muito ciente da realidade, por mais que não consiga deixar de flertar sempre com a fantasia).Me encontrei afetivamente e com isso abracei outros tipos de afeto: crianças sempre me movem, e nesse caso específico me mostraram a importância da educação familiar, e como é gratificante me sentir parte de algo assim.Me deparei com mais dois lançamentos de livro, com prêmios, reconhecimento vindo do meu público (ao qual humildemente sirvo), venda de minha obra, críticas a ela: em maioria boas, graças ao Universo e aos deuses que protegem as mãos de quem empunha uma caneta ou digita o resultado da conexão segura em banda larga entre a mente e o coração.Dei de cara com desafios de continuidade, antologias, da difícil tarefa de ser jurado de um concurso literário pela primeira vez. Acreditem: se trata de uma responsabilidade imensa.E me deparo agora com o grande significado que tudo isso revela para mim, porque quando escrevo (seja em prosa ou em verso) experimento um prazer indescritível.Verdade: quando escrevo, me sinto em transe, me sinto repleto, me sinto útil e me sinto atendendo ao meu chamado nessa vida.Pena saber que nem todo mundo se abre pra encontrar coisas que apenas existem no plano dos sonhos, e aproveito que estou compartilhando com vocês essa reflexão para convida-los a fazê-lo. Deixem seus interiores lhes mandarem mensagens!O resultado do balanço no meu caso é com certeza positivo, talvez o mais positivo de toda a minha vida, e quero agradecer a todos vocês que estão lendo essas palavras, por tornarem a minha experiência própria uma ferramenta útil para qualquer pessoa.Deixem o Sol interior brilhar!Inté! A CrônicaEduardo MacielLeitura