A Dança do Amor 

Texto de Ana Egito —

Foto de Ana Egito

O quarto esconde muitas histórias desses corpos que não se desgrudam mais, e na ausência deles, denuncia o cheiro que exala entre cada canto que desenha contornos e nuances que se movem na sintonia do vento adentrando a janela, as portas, os espaços onde cabe tudo que inspira e não sai. 

Fosse a morte visitante inesperada, não se atreveria a resgatar corpos inseparáveis, seria ela abatida pelo prazer de se sentir leve e solta demais, a liberdade é transparência de todas as cores que reluzentes, encantam até os olhares mais frios, inveja de quem vê e não tem, inebria o bem de amar, castiga o fogo de acender e não se apagar, fonte de prazer, cobre-me por todos os desejos do bem de se dar e receber o gozo do prazer.  

Pra sempre é tempo longe, demais se desfaz por ser advérbio de intensidade, agora, advérbio de forma recente, convém com todas as formas, tempo, mágica surpresa, escalada crescente que engana o presente e se impõe, vitória, conquista, realização, é quando a alma se desprendendo do corpo enquanto a carne amolece, desenha a felicidade eternizada nos momentos mais impuros, egoístas e sábios, é assim que entendemos o antagonismo dessa tal sociedade privada de ser… 


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