Black Bahia [3ª edição]

PARA FORTALECER
A ARTE PRETA
PRODUZIDA NA BAHIA!

A terceira edição do evento cultural Black Bahia, homenageará Tereza de Benguela e focará no protagonismo da mulher negra, tendo como tema geral “Julho das Pretas”. Cerca de 12 artistas baianos participarão das rodas de conversas ou farão apresentações, em diferentes espaços de Salvador. O evento surge para disputar narrativas e fortalecer a arte negra produzida na Bahia.

“Semeando Amanhãs”, “Redes Ancestrais” e “Rezos e Cantigas” são os nomes das mesas, que debaterão sobre o ensino da História Afro-brasileira nas escolas, a difusão das literaturas negras nas redes sociais e um sarau musicado, com performances artísticas e poesia, respectivamente. De 21 à 23 de Julho, a Livraria LDM do Shopping Bela Vista, a Livraria Leitura do Shopping da Bahia e o Colaboraê, no Rio Vermelho, recepcionarão os bate-papos do evento.

O Black Bahia foi idealizado pelos escritores soteropolitanos Mariana Madelinn e Ricardo Santos. Dando visibilidade à produção artística negra na Bahia e democratizando o acesso aos espaços culturais, o evento se mantém independente e gratuito, sendo em 2023 a sua segunda edição presencial.

Mariana Madelinn

Estão como convidados dessa edição as artistas: Ana Fátima, Helena Nascimento, Letícia Paulina, Adriele Regine, Camila Apresentação, Gabriele Carvalho, Maria Antônia, Adriele do Carmo, Anajara Tavares, Andréia Anjos, Thallia Anatália e Hosanna Almeida, com apoio de Bruno Silva (instrumentista do Música do Mundo).

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TEREZA DE BENGUELA

Tereza de Benguela liderou entre 1750 e 1770, após a morte de seu companheiro e também quilombola – José Piolho, o Quilombo do Quariterê, situado entre o rio Guaporé e a atual cidade de Cuiabá, capital de Mato Grosso.

Ela comandou toda a estrutura política, econômica e administrativa do quilombo, criando estratégias de organização e defesa, trocando armas, alimentos com brancos e expropriando vilas. Estima-se que lá viviam aproximadamente 200 pessoas livres, entre negros e indígenas fugidos da escravização e do trabalho forçado nas fazendas da região.

Sua liderança ficou marcada como uma referência potente, diante da sua articulação política, gestão financeira e sobretudo estratégica na defesa do Quariterê. Por isso, em 2 de junho de 2014, foi instituído por meio da Lei nº 12.987, o dia 25 de julho como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, no Brasil. Enquanto na América Latina como um todo, também celebra-se o Dia da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha.

O Black Bahia toma essa data como base e em sua 3ª edição traz como tema “Julho das Pretas”. Queremos dar luz e pôr no centro da conversa a resistência feminina negra!