Sobre a depressão

Texto de Eduardo Maciel


Olá, queridxs kurumateirxs!

Hoje venho compartilhar com vocês um pouco de como o Sol começou a brilhar para mim, após um período bem triste de depressão…
Mas antes de falar da minha experiência, queria frisar que depressão não é um mito, não é frescura, não se trata de capricho ou falta de força de vontade. Depressão é doença, e como todas as doenças, carece de tratamento médico especializado. Quem já teve sabe!
Há algum tempo, já em um lugar de superação e distanciamento dessa terrível doença, comecei a pensar nas causas que me levaram a ficar deprimido, e dessa análise surgiram temas.
Vários temas chegaram, cada um a seu momento, e nesse meu artigo, quero contar pra vocês sobre as reflexões que fiz nas searas da literatura, da educação e da arte.
Em outubro de 2018 eu estava preparando o lançamento do meu primeiro livro.
Já tinha feito o meu encontro com os sonetos e já tinha um objetivo para canalizar nisso minha energia criativa. Delícia de encontro, aliás. Para ser sincero, um encontro definitivo e que seria o abre-alas para tantos outros encontros: me encontrei com a clareza sobre quem são os meus amigos de verdade, com a abertura emocional para fazer novos.
Me encontrei com um emprego que amo (não se vive de arte no Brasil, e eu sou muito ciente da realidade, por mais que não consiga deixar de flertar sempre com a fantasia).
Me encontrei afetivamente e com isso abracei outros tipos de afeto: crianças sempre me movem, e nesse caso específico me mostraram a importância da educação familiar, e como é gratificante me sentir parte de algo assim.
Me deparei com mais dois lançamentos de livro, com prêmios, reconhecimento vindo do meu público (ao qual humildemente sirvo), venda de minha obra, críticas a ela: em maioria boas, graças ao Universo e aos deuses que protegem as mãos de quem empunha uma caneta ou digita o resultado da conexão segura em banda larga entre a mente e o coração.
Dei de cara com desafios de continuidade, antologias, da difícil tarefa de ser jurado de um concurso literário pela primeira vez. Acreditem: se trata de uma responsabilidade imensa.
E me deparo agora com o grande significado que tudo isso revela para mim, porque quando escrevo (seja em prosa ou em verso) experimento um prazer indescritível.
Verdade: quando escrevo, me sinto em transe, me sinto repleto, me sinto útil e me sinto atendendo ao meu chamado nessa vida.
Pena saber que nem todo mundo se abre pra encontrar coisas que apenas existem no plano dos sonhos, e aproveito que estou compartilhando com vocês essa reflexão para convida-los a fazê-lo. Deixem seus interiores lhes mandarem mensagens!
O resultado do balanço no meu caso é com certeza positivo, talvez o mais positivo de toda a minha vida, e quero agradecer a todos vocês que estão lendo essas palavras, por tornarem a minha experiência própria uma ferramenta útil para qualquer pessoa.
Deixem o Sol interior brilhar!
Inté!


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *