Poesia Infância, quase Pasárgada | Poema de Eva Vilma Revista Kuruma'tá, 19 de dezembro de 202419 de dezembro de 2024 de tarde vou-me emboraaqui o tempo é sisudo e faz medo de tarde a Infância me recebe com gosto de pitangae cheiro de flor de jamboo arrebol de Infância tem cores de ipê e textura de corpo na lama de tarde, depois da chuvaa Infância me recebe à luz de lamparina com livros na camae piaba… Continue Reading
Música Fogo nos lampiões: Arco é o novo e comovente trabalho de Marcos Sacramento Revista Kuruma'tá, 13 de dezembro de 202413 de dezembro de 2024 Texto de Toinho Castro Nos tempos dourados pré-pandemia, quando uma turma de poetas e etcéteras se reunia ali na saída do metrô da Carioca, sob a égide solene da ACACANCACA (Academia Carioca dos Acadêmicos Cariocas e Não Cariocas da Carioca), estávamos, pois, a discutir algum tema vibrante quando junto a… Continue Reading
Poesia Jabuti pra Bianca Revista Kuruma'tá, 22 de novembro de 202422 de novembro de 2024 Por muito tempo na História, Anônimo era uma mulher.Virginia Woolf Bianca Garcia, queridamente, maravilhosamente, levou seu Jabuti, o prêmio, pra casa. Objeto dessa alegria? Seu livro breve ato de descascar laranjas, lançado em 2023, numa bonita noite de encontros e poesia. No meu exemplar tem uma dedicatória dessa noite. Estava… Continue Reading
Entrevista Independência Poética: Juciane Reis Lorena Lacerda, 12 de setembro de 202322 de novembro de 2024 Aqueles com os quais tento apre(e)nder o escrever. Dois exemplos são Ciclo e Troca-Pele. É a busca por si, por um espelho que reflita a nossa face, a nossa multiplicidade, a história que pouco se revela, mesmo a nós, e onde sejamos inacabáveis. Obras em cíclica rebentação e arrebatamento. Continue Reading
Literatura Água limpa Revista Kuruma'tá, 3 de agosto de 202322 de novembro de 2024 Texto de Anderson Nogueira — O último rebento cresceu, “como o tempo passa rápido igual carreira de bode”, assim se diz por aqui. Já tem sombra de bigode e tanta espinha na cara que parece mandacaru de janeiro, que não fulora na seca. Quase nunca viu chuva, nem se lembra quantas vezes. Não conhece enchente, temporal nem sabe o que é. Água limpa nunca viu. Nem bebeu, não sabe do sem-gosto da água limpa: “água tem gosto de terra”. Continue Reading