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Texto de Revista Kuruma’tá


Há exatos 5 meses, em 4 e fevereiro de 2019, a Kuruma’tá publicava seu primeiro artigo, na verdade uma combinação de dois textos, de Aderaldo Luciano e Toinho Castro, sobre esse livro espantoso que é Zé Limeira, o poeta do absurdo, de Orlando Tejo. É um livro em que biografado e biógrafo se combinam num terceiro elemento, altamente poético, imaginativo, e que nos deixa sem chão, sem saber onde começa ou termina a lenda de Zé Limeira, esse cantador paraibano que desafiou os caminhos da cantoria, do tempo e do espaço.

Com esse único texto nossa revista botou o pé na estrada poeirenta da poesia, da música, da literatura, do cinema e outros tantos assuntos que a gente vai arrumando aqui e acolá. No caminho vamos arrumando companheiros, gente que compartilha da mesma ânsia criativa, em busca de espaço para publicar suas ideias, imaginações. E a Kuruma’tá vai aprendendo a ser esse espaço. Um lugar de fala, de troca, de encontro.

A palavra coletivo anda surrada. Então vamos escapar pela tangente e dizer que Kuruma’tá é um ajuntamento de pessoas com vontade de escrever, publicar e ver no que dá! E o que tá dando é uma conversa boa que só. É gente de muitos lugares que passa por aqui, conectando pontos de vista, cidades, sotaques e olhares. Não é pouco mas ainda falta muito.

Falta muito mas já dá pra comemorar. Você está lendo nossa 50ª publicação nesses 5 meses de existência, um texto para reafirmar nossa insistência em levar essa revista adiante. Não é fácil mas é prazeroso. Nem é tão difícil quanto parecia quando publicamos o primeiro texto e pensamos: e agora?! E agora é que cá estamos, firmes, fortes e bem humorados. A cada dia alguém nos encontra em meio ao mundaréu de coisas que é a internet. Todo dia tem uma surpresinha boa, alguém que acessou no Acre, em Salvador, alguém que compartilha algo que a gente publicou, ou que nos recomenda a outro alguém.

Ao terminar de ler esse texto, faça uma pequena viagem no tempo pelas 49 estações que vieram antes. Conheça a Revista Kuruma’tá. Você pode gostar de umas coisas e não de outras, mas vai achar bom que a gente esteja por aqui, que esse lugar de imaginação exista. Quem sabe um dia você se junta a nós nessa outra viagem no tempo que é o daqui pra frente. O próximo artigo e o outro e o seguinte e ainda mais. Estamos gestando outras ideias e a fé é que a Kuruma’tá resista e ainda um começo para outras proposições.

Por enquanto vamos dando conta desse broto que cresce como dá, do jeito que a terra permite e nossos esforços alcançam. No mais é fazer a própria história, não parar de falar de cultura e querer dias sempre melhores.


A Revista Kuruma’tá agradece aos seus colaboradores e a todo mundo que lê, apoia, compartilha, curte e resiste/insiste com a gente. Ao passado e ao futuro, um brinde da Kuruma’ta!