Poema de Nonato Gurgel
Coisa boa de editar a Kuruma’tá é estar no centro do Rio, bebendo um chope com o Braulio Tavares e receber uma mensagem do Nonato Gurgel, do querido Nonato Gurgel, com um poema para a revista. A sensação é das melhores, ali num tradicional bar no centro do Rio, lendo no celular um poema de Nonato, que diz ele não ser a versão final… mas que já é lindo.
Hoje chega-me a a tal versão final. Escolho a foto, de Janeide Cruz, amiga do poeta, para ilustrar o poema. O horizonte do mar de Macaé e o céu azul, os navios, uma evocação a Manuel Bandeira, esse querido.
Obrigado, Poeta!
Querido Manuel
Todas as noites
os navios acesos
dão lições de partir
rumo ao Sertão
Estação Baixada
Pasárgada próxima parada
Neste quarto de hotel
sei muito bem o que fazer com a maçã
mordo
como
retorno à pátria mística
e o seio da sereia sibila
Há dias sangramos assim
ela ele e eu derramados
todos a teus pés irmanados
no desabrigo da margem
que derrama gole pro santo
na ‘dor daquilo que não se pode’
A vida é feita de não ditos eu sei
mas todos dizem que o cuscuz
do Seridó é o melhor
do mundo e isso importa
eu já plantei hortas
hoje planto alegrias
Bandeira, meu amor
prometo rio e correnteza de volta
sertãozinho do Tinguá forever
sol de Paraty na cara
outro amanhecer
só encontra quem perdeu
Macaé-RJ, Agosto, 2019
Olá!
Tive a honra e o prazer de estar com Nonato neste momento de tão linda inspiração refletida nesta foto que com admiração e carinho tirei no meu celular, e que tão bem retrata este instante de contemplação e beleza, essa revigora espiritual e intelectual que tão bem é descrita nesta linda poesia! Parabéns Nonato Gurgel pelo nosso encontro e pela linda poesia, és mui grande. Um abraço, Janeide Cruz
NONATO, VOCÊ É GRANDE, GRANDÍSSIMO, JÁ ESTÁ ESCRITO NA HISTÓRIA. À IMORTALIDADE LHE DARÁ MUITOS ANOS DE VIDA.
Nonato…
q saudade
muita, viu!