Asar Revista Kuruma'tá, 29 de novembro de 201912 de novembro de 2020 O poeta disfarçado de publicitário, o caro amigo Amândio Cardoso, traz mais um colaboração para a Revista Kuruma’tá. Lá do Recife ele envia esse poema, esse fôlego que se toma para seguir em frente, para insistir quando tudo propõe descrença e desinsistências. O país. O caos e as divisões, os abismos que se abrem diante de nós, dos nossos pés e não podemos cair. E nos resta o que? Resta-nos se sustentar no ar e encontrar uma voz. Amândio tem essa voz e nos fala aqui e agora. E do futuro? Asa. Toinho Castro [Editor] Poema de Amândio Cardoso Asar Asa para não voarPara ser raizAsa de olho voado, de ser não aladoComo asa de canecaAsa assim de cão Asa de imaginação Para nada e pára tudo Asa do Brasil que vagaSe vendo dentro do chão e no vago ar pagão Asa que voa no não Asa que é divisãoE que finca pra asa teimarNunca no ar voar Se é asa assim de voarAssim quero asa pra ficar Foto: Cecilia Urioste A Amândio CardosoBrasilLeituraPoesiaRecife