Leitura recomenda: Praia do Eco, de Francisco Paschoal Revista Kuruma'tá, 9 de outubro de 202022 de outubro de 2020 Texto de Toinho Castro Antes de mais nada, uma declaração: Sou suspeito. Sou fã dos textos que Francisco Paschoal espalha por aí, ao sabor da internet, sempre surpreendendo a gente. O sujeito é meu amigo e eu poderia simplesmente ficar quietinho a respeito de seu novo trabalho, ou simplesmente mandar um “pô, maneiro…”, expressão que provavelmente nem se usa mais e, decerto, cafona. Outra expressão que não se usa mais. Mas se trata do volume 1 de Praia do Eco, novíssimo lançamento da Mamakoosa e eu vou fazer o que é certo e afirmar sem pudor: Trate de ler! E afinal, por que essa urgência? Porque é tudo de bom, de leve, divertido e esperto. E inesperado. Francisco sabe levar a narrativa com o cuidado de não entregar tudo, deixando mesmo a gente sem saber se tem um tudo. Aos pouquinho, a cada página você vê que algo tá se desenhando, que uma estrutura tá se aramando e que algo sorrateiro, subterrâneo, está por irromper. Ou não? Essa é armadilha que nos captura em Praia do Eco e faz a gente se mover de uma página para a seguinte, naquela adrenalina da expectativa de que algo vai se revelar. Mas, leitores, esse é o volume 1 de Praia do Eco e mais vem por aí. Eu tô ligado mais ou menos do que é, mas não vou dar spoiler. Não vou estragar essa curiosidade que acabei de plantar em você, sobre um exemplo irado de literatura nacional, que bem poderia virar um filme, uma série ou um boato!Lembro quando eu era moleque, lá no Recife, e um dia a gente tava na casa de um amigo, já de noite, sentados na calçada. Um de nós começou a falar de uma história que tava rolando, da Perna Cabeluda, uma lenda urbana sobre uma perna, cabeluda, que andava solta por aí, separada do seu corpo, nas noites recifenses, a assustar e botar pra correr os mais destemidos e moleques como a gente. Um arrepio foi percorrendo todo mundo, saindo de um pro outro. Aos poucos todo mundo foi se levantando e rumando pra casa. Não sem olhar pra trás. Afinal, nunca se sabe. Praia do Eco tem algo de história assim, que a gente escuta não se sabe exatamente onde, que a gente conta meio que mudando um pouco, acrescentando um susto, algo nosso. Leia com esse espírito. Você não vai largar o livro. Vai ser como maratonar uma boa série e ficar contando os dias para a próxima temporada. Vale. Vale muito! PS. Ah, sim… eu escrevi o prefácio. Hehehe Compre no site da Mamakoosa! A FicçãoFicção científicaFrancisco PaschoalLeituraLiteraturaMamakoosaToinho Castro