Amândio Cardoso e seu Rio madaleno Revista Kuruma'tá, 18 de outubro de 202118 de outubro de 2021 — Poema de Amândio Cardoso O poema Rio madaleno é mais uma colaboração do amigo, poeta e publicitário Amândio Cardoso, com seu olhar sensível sobre a cidade, que é também uma cidade interior. Rio madaleno Esse pouco rio que tenho, é o pouco rio que tenhoPara quê mais? Se esse é o rio que me cabe nos olhosO pouco rio imenso que ocupa minha varandaVerde e encurralado por prédiosResiste como capivara esse pouco rio que restaO rio, que na foto é um lago para quem vê da Argentina, é apenas uma ideia de longeEsse pouco rio que vejo de cima me basta como um céuPara que mais de um rio se neste olhar ele fica-me perfeito e eterno, como as lembranças da Mandela que ele carrega e cerca?Fique assim como um rio madalenoLeva me esse diaLeva me GraçasMolha-me esta Páscoa Abril de 2021 Ilustração de Amândio Cardoso A AfetoPoesiaRecifeRio Capibaribe