A Cálida noite de Eduardo Ezus Revista Kuruma'tá, 21 de outubro de 202121 de outubro de 2021 Revista Kuruma´tá recomenda! — É de Natal, a Cidade do Sol, que vem a poesia de Eduardo Ezus, que está lançando, em novembro, seu segundo livro, Cálida Noite. A Kuruma’tá, que aposta na nova poesia, na descentralização criativa e na diversidade de vozes, fica feliz demais com essa publicação. Lançado pela Margem Edições, de Belo Horizonte, o livro está em pré-venda até 16 de novembro, e se você acredita na poesia independe como a gente, chegue lá e reserve o seu. Generosamente, Eduardo compartilha com a gente dois dos seus poemas: *Ali haveremos de retomaro passeio sobre os instantese descalços sobre espessa areia finaseremos como a noite é para a luao mantoÀ tábua rasa dos desejosfinda a sombra arvoreirao mundo desabarácomo em úmidas camadas salgadase entre as vagas será de vagara nossa vida. *De brumas a mover-seem fulgor disperso no aré a matéria deste pensamentoSeguindo o itinerário tontoem solo segue – tal qual o martambém o sertãoesse lugar sem bússola extenso e estreitoenquanto vaga o olharcomo em onda fosse brilhoe brio de existência líquida. Da quarta capa de Cálida noite É à noite – na desorganização das cidades – que se libera o calor residual do dia, retido nos telhados, nos prédios, no asfalto. É o retrato que se evola quando o sol se esconde deixando suas impressões, e só ao poeta cabem as chaves desse enigma, que nos revela, nos ilumina, através de seus versos. Tal qual o barqueiro, aqui é o jovem Eduardo Ezus quem conduz à jornada da madrugada interior, deslizando sobre o Aqueronte a tinta de seu barco ébrio em seu livro de estreia, Cálida Noite. É preciso coragem para a aventura, pois “Onde navego, o silêncio reina” nos diz. “Já não importa se as páginas / são escritas à beira do abismo”. Aviso aos navegantes. – William Eloi, escritor. Eduardo Ezus A Eduardo EzusLeituraLiteraturaNatalPoesiaRio Grande do Norte