A poesia de Nirlei Maria Oliveira na Kuruma’tá Revista Kuruma'tá, 18 de janeiro de 20223 de fevereiro de 2022 Poeta e Bibliotecária com mestrado em Ciência da Informação, Nirlei Maria Oliveira nasceu em Formiga MG, e reside em Campinas, SP. Nirlei descobriu o caminho até a Kuruma’tá, para nossa gratidão e alegria, e nos oferece aqui 5 de seus poemas. Nirlei é Autora do livro de poemas Palav(Ar) (2021). Organizadora das coletâneas: Quarentena Poética (2020) e Cotidiano, Poesia, Resistência (2021). Seja bem-vinda, Nirlei, ao recanto afetivo e guerreiro da Kuruma’tá! Eu sou Alice de vez em quando calma, Alice, sairemos deste looping deste caos em tempo dos absurdosdestas manhãs que não amanheceme das noites solitárias e iguais pois é Alice, o relógio parou– “Ele mostra o dia do mês e não mostra a hora!”estamos imersos em silêncio de angustiantes dias sem fim corremos atrás do coelho há mesesestamos a desbravar novos rumos e trilhasà espera morosa de sonhos e magiaspor enquanto, Aliceapenas caminhar e caminharessa é a nossa jornada somos reféns da Rainha e do Rei de Copas,neste mundo paralelo de acasos e imprevistos onde está a porta na árvore?a passagem para o retorno ao normal?estamos perto, Alice…falta pouco por enquanto, estamos apenas aguardando dias de festas com o chapeleiro malucoafinal, “O segredo, querida Alice, é rodear-se de pessoas que te façam sorrir o coração. E então, só então que estarás no país das maravilhas.” *frases com aspas foram extraídas do livro Alice no País das Maravilhas de Lewis Caroll. Caminhos desvios e margensandar viajante sujeito e objetorefémdas sutis emoções poeta que bebe e cheiranas bordas das palavrasávidoem sua gulaembriaga-se com letras para nos desvios bordeja no desconhecido vez ou outraatravessa vãos e frestasde espinhosos caminhos viaja no tempo e espaçobusca a potência poéticaa palavra que seduz que embalaque contrapõe e resiste grita nas vazias praçaspersegue ressonâncias Mundinho particular em dias estranhos é pela manhãque dou conta do meu mundonas regularidades dos afazeres rotineiramentecuido das plantinhasleio partes de um livrovejo jornais pela internetassisto às séries boas e ruinsescrevo um poema ou menos que issopenso no que fazer para o almoçosó penso – detesto cozinharassisto às aulas pela internetvideoconferências do trabalhomuitas conversas nas redes sociaisolho a rua através da janelavejo pessoas com máscarastenho medovolto a pensar em bordar Estrelas no café da manhã e suco de laranja peço pouco apenas as estrelas que brilham no escuro da noite no café da manhã:suco de laranja e pão de ontem desejo linhas de fuga do agora quero a(s)manhã(s) com explosão de luz(es) entrando nos seus olhose nos meus dizeres de amor o amor precisa de palavrassem elas, não prosperanão cria o visgo das gameleiraso grude, a cola dos afetos palavras de amorsão cheias, redondasrepletas até a bordasque transbordame caem pelos vão dos lábiosem calorosos beijos palavras de amor são inscritasdescritas em suaves desenhos na epidermebenditas que sejam ditas pelas bocas e línguas com ávidas palavras de amor Nirlei Maria Oliveira tem poemas publicados nas revistas: Travessias Literárias, Cult – Lugar de Fala, Literatura e Fechadura, A Palavra No Agora do Museu da Língua Portuguesa, Literatura Brasileira no XXI, Partilhas Poéticas do Museu Ema Klabin, Acrobata, Tamarina Literária, Aboio, Ser MulherArte, Ruído Manifesto, Sucuru, Errancia (Universidade Nacional Autônoma do México), Desvario, Entreverbo e Revista Toma Aí Um Poema!. Tem poemas nas antologias: Enluaradas(2021), Mulheres Maravilhosas I e II (2021), Na força e no grito, na palavra persistimos!(2021 ), Casca, Azeda e Doce: 1 Coletânea da Revista Tamarina Literária (2021), Nascer pela Segunda Vez (2021), Mulherio das Letras para Elas ( 2021), Infâncias (2021), Comer é um Ato Político (2021), Poetizando em Pirituba (2021), Estrada para os domingos (2021). Participou da EXPOSIÇÃO | Para fazer poesia hoje: a desdomesticação do olhar e Poesia de Rua. Participa dos coletivos: Mulherio das Letras, Mulheres Maravilhosas e Nua Palavra. Tem poemas nos podcast: Quarentena Poética, Revista Errancia… la palabra inconclusa, da Universidade Nacional Autônoma do México, Tomaaium poema, Poesia para os ouvidos e Rádio Graviola. A LeituraLivroPoesia
A Poética de Nirlei Oliveira é do realismo cotidiano, porém as imagens nos transmite suavidade. Parabéns, Nirlei! Responder
Ah, quanta alegria. Sou fã de Nirlei desde que nossos caminhas se cruzaram em 2020. Parabéns, minha amiga! Sua poesia brota na gente e nos deixa em estado de graça. Revigora o que poderia ser um cotidiano insosso, estimula os sentidos e nos faz respirAr. Responder
Querida Poeta, muito obrigada! Ainda bem que nossos caminhos se cruzaram, quanta produção poética realizamos em parceria. Gratidão pelo prefácio afetuoso do meu livro Palav(Ar). E vamos caminhando e espalhando versos! Abraços. Responder
Nirlei é uma poesia! Mulher que insisti não desisti. De alma generosa. Está sempre em prosa. Faz laços e tertúlias no nosso grupo de poetas. Lança desafios. Traz novo respiro Alice em outras conexões! É uma honra encontrá-la e partilhar esse nosso louco outro mundo possível por meio de suas escritas! Somos Alices! Com carinho! Denilce Palomo Sumaré/SP Responder
Denilce-linda, fotógrafa de detalhes sutis, poeta generosa que costura com carinho e dedicação poemas e amizades! Obrigada pela leitura amorosa dos meus poemas! É uma alegria contar com você no nosso Coletivo Quarentena Poética, com seus poemas potentes e provocativos. Abraço bem apertado! Somos Alices! Responder
Parabéns Poetisa e Performer Nirlei! Admiro seus poemas de sobre-maneira! Parabéns à revista por apresentar a mais pessoas esta grande Artista!!! Responder
Obrigada, Gilberto! Exemplo de Poeta e articulador cultural! Como gosto de ver suas ações – é incansável na missão de levar literatura e arte para todos! Abraços! Responder