Independência Poética: Fabricia Santos de Jesus

Independência Poética é uma série de entrevistas realizadas por LORENA LACERDA

Poeta de hoje: Fabricia Santos de Jesus

Mulher preta, suburbana, mãe, mobilizadora e produtora sócio cultural.

Poeta, organizadora do Sarau do Cabrito, e idealizadora do Orí Aiê – Leituroteca, com oito publicações distribuídas em coletâneas e Revistas. Entre elas; Coletânea Poéticas Periféricas, Outras Carolinas e Revista Quilombo.

O que te inspirou a começar a escrever?

Escrevo o que não consigo dizer. Escrevo para nomear dores. Verso amores. Apenas sujo o papel com coisas internas.

O que você faz quando percebe que está com bloqueio para novas poesias?

Nunca passei por isso. Já atrasei escritas para ser menor visceral

Seu maior sonho como escritor(a)?

Oportunizar que mais gente tenha acesso aos livros.

Assunto preferido de escrever?

Escrevo o que sinto.
Mazelas do cotidiano.

Um elogio para sua própria escrita?

É viva !

Já publicou algum livro? Quais? Caso não, tem planos?

Participei de 5 coletâneas

Quais inspirações do cotidiano despertam sua escrita?

O próprio cotidiano. O suor e riso. O chegar e o esperar , as labutas os sabores, a vida.

Qual dos seus poemas mais te define?

Não existe um que me defina. Pq cada um fala sobre um sentir. Sobre uma vivência. Eu não sou uma ponto único sou diversa. Eles todos falam de mim.

Qual a parte mais fácil e mais difícil da escrita para você?

A escrita é muito natural , ela somente chega. A parte difícil e expor , pq as vezes é muito íntimo.

Qual sua obra favorita de outro autor(a)?

Eu leio bastante. E gosto muito da escrita livre. Da poesia chamada de Marginal. Agora as obras que causaram muito impacto na minha vida foram Grada Kilomba – Memória de Plantação e Ensinando a transgredir de bell hooks. Amo as poesias do Poéticas periféricas – Editora Galinha Pulando.