Texto de Ana Egito —
Passados mais de dois anos e já nos obrigamos a refletir sobre onde tantos erraram tanto em tão pouco tempo.
Fosse vivo Oswaldo Cruz, talvez não suportasse tamanha guerra travada entre o poder e a ignorância, quando ao menos metade da população em agonia e desespero, buscava carne e sebo entre ossos de animais para descarte, outros, enterravam os contaminados corpos de seus familiares, que sequer, puderam ser velados. Toda essa tragédia tem como consequência, o retrato de uma nação despedaçada, falida e fadada ao obscurantismo. É o Brasil o sonho de consumo dos dotados de fortunas incalculáveis, dentre eles, soma-se a indústria farmacêutica, a roda do entretenimento da cultura plástica, fútil e banal, assim como as peças do xadrez da nova política mundial, a mesma que usa a população como gado pronto para o abate, enrijeceu e enriqueceu atropelando a filosofia, a história, trazendo ao mundo um rastro da educação ausente em suas vidas, fruto do maucaratismo muitas vezes, reconhecido no seio de suas famílias.
Medo, pavor, incapacidade de se ajustar à nova sociedade, frustração, sensação de impotência, somados a precariedade das cidades e o empobrecimento das mesmas.
Muitos, buscam as cadeiras das faculdades que oferecem um novo horizonte, o diploma em Teologia, pois estes são os capatazes do novo mundo, as “ovelhas que pregam para arrebanhar seu rebanho. Não fugirão da “caverna de Platão nem acreditarão em falsos profetas, já que imagens como as pinturas de Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Donatello, Aleijadinho, tornaram-se profanas, apenas a figura de seus “pastores pode materializar a mais verdadeira expressão da fé.
“O ser humano é aquilo que a educação faz dele.” (Immanuel Kant); “Educai as crianças e não será preciso punir os homens.” (Pitágoras); “A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.” (Aristóteles); e por último e tão importante quanto, “Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor. (Paulo Freire).
A inteligência artificial poderá provar ao mundo sua incapacidade de gerir suas próprias vidas, e quando o homem não souber mais entender e valorizar seus pensamentos e atos de cura, talvez seja tarde demais.