A A crítica como dádiva para a profanação do papão da crítica Revista Kuruma'tá, 19 de setembro de 202022 de setembro de 2020 A crítica, por não ser polifónica, também porque o espectador comum ausenta-se frequentemente da função de dar voz à potência da criação, posicionando-se tantas vezes na mudez – posição confortável e desresponsabilizada ou temerosa, sintetizada num simplificado “gostei”, ou “não gostei” (lá está, o valor) – constitui-se assim como o papão em termos de autoridade pouco dialógica. Estremece [Texto de Ricardo Seiça Salgado – Festival Linha de Fuga] Continue Reading
A Uma fotografia #3 Revista Kuruma'tá, 19 de setembro de 202019 de setembro de 2020 Não sei quem são essas pessoas, nem onde ou quando essa foto foi tirada. E quem será a fotógrafa? Talvez fossem quatro amigas viajando e uma delas tirou a foto. E talvez exista por aí uma segunda foto em que ela aparece e cuja fotógrafa foi uma outra do grupo. Qual? qual dessas três saiu da cena e cedeu lugar à amiga, para assumir o posto por trás da câmera? Uma foto assim deixa margem para tantas especulações… Estarão vivas ainda? Lembram desse passeio? desse dia? Ou preferem esquecê-lo? [Texto de Toinho Castro] Continue Reading
A Penélope 19 | Uma ópera doméstica de Armando Lôbo, com Gabriela Geluda Revista Kuruma'tá, 18 de setembro de 20203 de fevereiro de 2022 Ter, nesses dias, uma ópera para ouvir, ver e viver, é um alento. Quando Aramando me falou pela primeira vez do trabalho e me enviou um link para assistir, pensei em como era auspicioso uma ópera para falar sobre o que estamos passando com esse mundo revirado pela Covid. Não pelo clichê disseminado do que seja uma ópera, mas pelo que uma ópera sempre possa ter de inesperado e intenso. [Texto da Toinho Castro] Continue Reading
A Parahyba | Braços de rio, abraço do oceano — 40 anos de fotografia de Gustavo Moura Revista Kuruma'tá, 17 de setembro de 20203 de fevereiro de 2022 O Brasil é feito de seus rios, é o que podemos dizer. Eu mesmo nasci numa cidade cortada e marcada por um rio, o rio Capibaribe, que atravessa o Recife para desaguar no Atlântico. Não tão longe dali, nos estado irmão de Pernambuco, a Paraíba, o rio Paraíba encontra-se com o mesmo Atlântico enorme. ou Parahyba, na grafia assumida por Gustavo no título do seu trabalho, Paraíba se torna Parahyba, que significaria Rio que é braço de mar ((pará-hyba). [Texto de Toinho Castro] Continue Reading
A Maldito seja Vênus Revista Kuruma'tá, 15 de setembro de 202018 de setembro de 2020 Os Marcianos estão chegando! Quase os vi baterem à minha porta de tão anunciados. Tudo sobre Marte, o planeta vermelho! Foram filmes, livros, teorias da conspiração, homens verdes para lá e para cá, canais, Ray Bradbury, uma saturação desse tal de Elon Musk, seriezinha na Netflix, para esses cientistas desprovidos e sentimento ou memória afetiva descobrirem vida em Vênus! Pelo amor de Deus, quanta decepção nesse mundo que se desmancha aos meus olhos. [Texto de Toinho Castro] Continue Reading