A De nada vale a um daltônico o quarto escuro Revista Kuruma'tá, 20 de julho de 20204 de agosto de 2020 Porque o céu é azul. Não, isto não é uma pergunta. Porque você fica rubro quando deixa-se acometer pela ira. Os arcos das íris, no entanto, permanecem coloridos. Mas ele não pode ver as cores. Monocromático, multidolorido. Daltônico, o semáforo é sempre de um amarelado perigo. Por isso permanece no quarto escuro. Trancado pelo lado de dentro e pelado, com os olhos esbugalhados, de fora. Há somente tons de breu. [Texto de Eduardo Frota] Continue Reading
A Poemas do Tesserato | Calí Boreaz Revista Kuruma'tá, 14 de julho de 202010 de março de 2021 tesserato é um súbito lugar de fusão. em toda a fusão existirá um momento de confusão? numa sucessão de interseções de espaços e tempos em movimento — como se estivessem girando num grande hipercubo —, o sujeito poético se desloca ao longo da imobilidade. toda a imobilidade conterá uma suspensão? nesse amplificar-se, entre estar e já-não-estar, entre a inexistência de um pouso e a espera por si mesmo já nesse pouso, é traçada uma inexplorada dimensão. [Poemas de Calí Boreaz] Continue Reading
A Será que “a emenda sai pior que o soneto” mesmo? Revista Kuruma'tá, 13 de julho de 202028 de julho de 2020 Orlando Neves, em uma definição mais objetiva, disse que o ditado significa “cair em pior erro que o erro anterior”. Certeiro e direto ao ponto. Mas sem o rebuscamento de incluirmos a palavra “soneto” no dito. Prefiro (óooooobvio) a versão anterior. E nela vou adentrar mais um pouco, se me permitem. Afinal, sou pai de sonetos e todo pai defende (ou deveria defender) seus filhos contra injustiças. [Texto de Eduardo Maciel] Continue Reading
A Poemas de ‘Entre um eco e outro’, de Angelita Guesser Revista Kuruma'tá, 10 de julho de 20208 de março de 2021 Angelita Guesser chega com sua poética à Revista Kuruma’tá, com quatro poemas do seu livro Entre um eco e outro, que em pré-venda na Editora Letramento, e também um poema inédito, na voz da poeta. A poesia é sempre bem-vinda na nossa revista, ainda mais assim, com esse timbre, essa fibra. Entre um eco e outro há o que? Aparentemente o silêncio, mas também uma expectativa, se aquilo que dissemos vai perdurar, ecoando indefinidamente. Entre um eco e outro, poesia. [Poemas de Angelita Guesser] Continue Reading
A Lendário Livro | A poesia de Nonato Gurgel Revista Kuruma'tá, 5 de julho de 202028 de julho de 2020 Hoje perdemos um amigo, que se foi cedo demais. Que tempos terríveis esses que vivemos, de tanta perda. Nonato Gurgel era um poeta, um homem gentil, inteligente, sensível… tudo que não se pode ser nesse país embrutecido. Ser quem era fazia dele uma revolução. Escrever era seu ato de resistência. Escrever, ensinar, falar de um livro inesperado, representar tão bem sua cidade, Caraúbas, neste mundo. [Revista Kuruma’tá] Continue Reading