A Pequeno Dicionário de Arquétipos de Massa: Realidade Virtual Revista Kuruma'tá, 30 de setembro de 20201 de outubro de 2020 Mas a vida era dura. A cada crise, a cada problema nos estudos, no estágio, nos empregos, Luís buscava santuário nos livros. Ali ele não precisava lutar pelo pão de cada dia do patrão com o suor do seu rosto; não precisava engolir sapos viscosos a cada dia no escritório; não precisava aprender a se relacionar bem com os colegas. [Texto de Fábio Fernandes] Continue Reading
A Um amor para dormir Revista Kuruma'tá, 22 de setembro de 202011 de março de 2021 Vovó usava o verbo “dormir” como a Bíblia usa o verbo “conhecer”: no sentido sexual. Às quatro da manhã, com um copo d’água na mão no meio da cozinha, pensava mais uma vez que, para mim, o auge da intimidade é mesmo dormir junto. Só que no sentido literal. [Texto de MAria Cristina MArtins] Continue Reading
A Uma fotografia #3 Revista Kuruma'tá, 19 de setembro de 202019 de setembro de 2020 Não sei quem são essas pessoas, nem onde ou quando essa foto foi tirada. E quem será a fotógrafa? Talvez fossem quatro amigas viajando e uma delas tirou a foto. E talvez exista por aí uma segunda foto em que ela aparece e cuja fotógrafa foi uma outra do grupo. Qual? qual dessas três saiu da cena e cedeu lugar à amiga, para assumir o posto por trás da câmera? Uma foto assim deixa margem para tantas especulações… Estarão vivas ainda? Lembram desse passeio? desse dia? Ou preferem esquecê-lo? [Texto de Toinho Castro] Continue Reading
A Maldito seja Vênus Revista Kuruma'tá, 15 de setembro de 202018 de setembro de 2020 Os Marcianos estão chegando! Quase os vi baterem à minha porta de tão anunciados. Tudo sobre Marte, o planeta vermelho! Foram filmes, livros, teorias da conspiração, homens verdes para lá e para cá, canais, Ray Bradbury, uma saturação desse tal de Elon Musk, seriezinha na Netflix, para esses cientistas desprovidos e sentimento ou memória afetiva descobrirem vida em Vênus! Pelo amor de Deus, quanta decepção nesse mundo que se desmancha aos meus olhos. [Texto de Toinho Castro] Continue Reading
A Ainda que de olhos fechados você saberá onde eu estarei Revista Kuruma'tá, 11 de setembro de 202012 de setembro de 2020 Por mais que fechemos os olhos porque o corpo se entrega ao desafio cego da rotina, sabemos que as nossas mãos vão se em pleno voo, no ar, bem acima das cortinas, no vazio dos olhares desconfiados de um respeitável público ávido pelo mútuo fracasso. E daí se ninguém aplaudir? O espetáculo do destino está em despistar o errante mesmo diante de um erro de cálculo. [Texto de Eduardo Frota] Continue Reading