A Experiência Copacabana #1 Revista Kuruma'tá, 1 de janeiro de 20201 de agosto de 2020 Hoje acordei cedo para ver se a prefeitura limpou essa porcaria dessa Copacabana direito. E até que tava descente. Tendo em vista o hecatombe de humanos que vieram assistir os fogos. Ainda tinha bastante gente dormindo bebadas pelas ruas. Eu tenho um pouco de inveja de quem consegue beber assim. Beber até cair. Não tenho essa manha. Por falar nisso. Sabe quando você tá num bar as oito da manhã virado no rolet, tomando a décima quinta saideira e daí passa alguém com fone de ouvido indo correr. Hoje era eu esse cara! Eu alterno, eu alterno. [Texto de Francisco Paschoal] Continue Reading
A História de dois livros Revista Kuruma'tá, 12 de dezembro de 201912 de dezembro de 2019 Partir e deixar para trás… é o que dizem. Discos, livros, amigos, família. Nunca achei que fosse assim. Nunca me senti deixando o que, ou quem quer que fosse, para trás. As coisas, as pessoas, estavam simplesmente os seus lugares, em permanente estado de transformação e potência. Não havia uma espécie de espaço de animação suspensa onde tudo isso flutuasse. Estava lhes acontecendo, como a mim mesmo, a vida. [Texto de Toinho Castro] Continue Reading
A Pequeno Dicionário de Arquétipos de Massa: Buraco Negro Revista Kuruma'tá, 23 de novembro de 201912 de novembro de 2020 O pior não é a perda de memória, você pensa. O pior é você não esquecer que está começando a esquecer as coisas. A consciência da perda é o que mais incomoda. Mas os médicos já desenganaram você: não tem jeito, esse tipo de doença degenerativa funciona assim. Chega um ponto em que você só conseguirá se lembrar de uma coisa: que não lembra mais de nada. [Texto de Fábio fernandes] Continue Reading
A Objetos transnetunianos podem ser vistos a corações nus Revista Kuruma'tá, 18 de novembro de 201930 de dezembro de 2019 Quando acontecia o momento no qual as órbitas dos dois planetas se encontravam, vencendo a distância, o sistema todo entrava em festa. Ali, as características de cada um não eram mais diferenças, eram apenas arestas, que eram aparadas a cada translação. Tudo fazia sentido e, assim, ocorria naturalmente a lei da atração. Havia tanto movimento que a estrela, lá no meio, brilhava. Cada vez mais forte, feito ouro. Era possível ver no céu de um o brilho do outro. [Texto de Eduardo frota] Continue Reading
A “A música é meu Quilombo” | A vida raspando com Ludi Um Revista Kuruma'tá, 16 de novembro de 201922 de novembro de 2019 Ludi Um é aquela pessoa que muito admiro, tanto pelo seu trabalho artístico como também pela sua postura diante do mundo. Um sujeito aguerrido, com muita clareza em sua luta. Conheci Ludi na Universidade das Quebradas, uma iniciativa de rara beleza, capaz de agregar as mais sinceras vozes da periferia para mostrar que o centro está em toda parte, que talento, desejo e potência estão lá, na Maré, no Acari, no Dendê… e lá estava Ludi, nascido no Morro do Dendê, participando desse espaço de trocas com sagacidade. [Texto e entrevista Toinho Castro] Continue Reading