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contra o desencanto

Faça uma trilha com as minhas rimas

Revista Kuruma'tá, 14 de março de 202014 de março de 2020

Texto de Eduardo Frota

Foto de Michal Zacharzewski

Há um caminho arborizado a ser seguido. Rima com abrigo. Isso quer dizer que há sombra para proteger os nossos passos. Vem. Mesmo quando chove, tem. As copas das árvores funcionam como um guarda-chuva. Guarda-se nesse caminho as impressões do sol e da lua. Nesse caminho é possível ouvir o canto dos pássaros, observar os canteiros que se colocam à frente dos olhos, transpô-los é fácil – às vezes. Às vezes. Quando são intransponíveis, pegamos uma rota alternativa. É bom ter alternativas, assim como andar é bom, mas nesse caminho pode-se correr de vez em quando. Não para se chegar mais rápido ao destino – até porque, este, sabe-se lá a distância em que se encontra. Basta olhar a bússola, consultar o mapa, fazer as contas. Ou, simplesmente, seguir o ritmo. Correr é bom quando se quer sentir a brisa no rosto, tem a ver com liberdade. Esse caminho tem bifurcações, é fácil se perder nele, mas também é fácil voltar a ele, mesmo que não haja placas indicando as direções. Nesse caminho podemos andar descalços, porque as pedras são pequenas e massageiam a sola dos nossos pés cansados. Carros não podem transitar por ele, porque é uma caminhada que deve ser feita com calma, lembrando que nem tudo é perene. Nesse caminho você não precisa caminhar a sós. É bom que os melhores pensamentos lhe sirvam de companhia, de vez em quando é bom ter uma mão como guia. Tem a ver com vontade de andar ao lado enquanto a paisagem se desnuda, fluida. Podemos andar nus, se quisermos. Nus das suas e das minhas verdades. Por dentro e por fora. Desnudados de tudo, até que que a noite caia, até que seja novamente dia. Você sabe: o seu nome rima com poesia.


A ContoEduardo FrotaLeituraProsa poética

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