O rastro selvagem se espalha Revista Kuruma'tá, 19 de maio de 202021 de maio de 2020 A gente sabe que Revista Kuruma’tá tá dando certo, existe de verdade quando chegam esses retornos inesperados. Gente que lê, que curte e compartilha nossas publicações, que acompanha nossas lives… quando a gente vê os números de seguidores aumentando nas mídias sociais, nos números animadores do Google Analytics. Mas também quando nos chega um e-mail, uma mensagem no Facebook ou Instagram, de alguém que se identificou a ponto de querer que a gente publique seus textos, seus poemas. Foi assim com Anna Apolinário, poeta da Paraíba, que nos enviou três poemas inéditos de sua lavra. Produtora cultural e organizadora do Sarau Selváticas (@sarauselvaticas), Anna estreou em 2010, com Solfejo de Eros (Câmara Brasileira de Jovens Escritores). Publicou ainda Mistrais (Prêmio Literário Augusto dos Anjos, Edições Funesc, 2014), Zarabatana (Editora Patuá, 2016) e Magmáticas Medusas (Editora Cintra/ARC Edições, 2018). Seu próximo livro A chave selvagem do sonho será publicado em 2020 pela Editora Triluna. Anna, seja bem-vinda à Kuruma’tá! Poemas de Anna Apolinário Centelha Sou a mulher que veio do sonhoNascida de incêndios Iniciados por outras mulheresEu venho do cerne das vertigens Trago o verbete mágico E meu rastro selvagem se espalha Por livros sem fim Akai Ito Teu coração: um tambor místico pronunciando todos os meus nomes Minha pele:uma tempestade tatuada em teu espírito Nosso beijo:o espelho do apocalipse conspurcado por um vislumbre do infinito Lunando Devolver à terraA rubra curaVertida de meu ventreCom reverênciaPlantar centelhasAlumiar os caminhos O sangue é a sementeDa purificaçãoO declínio das guerrasMagia e maldição. A poeta Anna Apolinário A Anna ApolinárioLeituraLendo mulheresLivroParaíbaPoesia