Até onde vai a força negacionista? E como ela começou?
O negacionismo não é novidade e permeia nossas vidas, mesmo que em pequenas doses, desde sempre. Quem nunca se viu negando o óbvio que atire a primeira… não, por favor, não precisa atirar pedra em nada ou ninguém! Mas esses são episódios restritos, circunscrito a situações específicas, pessoais.
E quando isso se torna uma dinâmica social? E quando isso invade nossas relações, as decisões de estado sobre saúde e bem-estar, de maneira massiva?!
O que vimos na pandemia, discursos antivacina, prescrição de medicamentos ineficazes para tratar os quadros de Covid-19, a negação das mortes, da emergência sanitária… nos revela um quadro assustador que acomete não só o Brasil, mas se mostra uma tendência mundial.
No livro Complexo de Cassandra (Editora Sagarana, 2022, das pesquisadoras Liliane Abreu e Natalia Sayuri mergulham e analisam o fenômeno, escutando um grupo de médicos, enfermeiros, cientistas e outros tantos profissionais que submetidos à devastadora realidade do vírus e suas consequências, e também um grupo de negacionistas das mais diversas tendências.
O resultado é um livro robusto, profundamente esclarecedor, que traz luz sobre essa escuridão que nos cobriu e que está associada a difusos interesses políticos e econômicos, de exercício de poder e movida por máquina de desinformação que não para de trabalhar e gerar notícias falsas, mentiras e alimentar o medo, que está na base do comportamento negacionista.
Ontem, em mais um episódio do AoVivo Kuruma’tá, tivemos uma conversa com Liliane e Natalia, autoras do livro, e com a Jaciara Rosa, da Dedicata Comunica, amiga e parceira da Kuruma’tá, sobre o livro, sobre o momento que vivemos e sobre a esperança de resistir a tudo isso!